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EQUIPAMENTO AÉREO COLETA DADOS AMBIENTAIS NA AMAZÔNIA
Foto: Josivaldo Modesto – Reunião de trabalho dos projetos.
Brasília, 6 de agosto de 2014 – Um balão mais leve que o ar, inflado por gás Hélio e ancorado por um sistema de cabeamento, batizado de aeróstato, será instalado na Amazônia em áreas de atuação do Instituto Mamirauá.
Para isso, pesquisadores e técnicos de várias instituições reuniram-se de sexta (1) a segunda-feira (4) para iniciar os projetos que objetivam coletar dados ambientais, por meio do aeróstato, bem como ampliar sistema de telecomunicação em áreas remotas.
Os projetos Aeróstato Remoto de Telecomunicação e Sensoriamento (Artes) e Aplicação no Campo de Plataformas Avançadas de Sensoriamento Remoto (Acampar) serão executados pelos institutos Mamirauá, de Computação da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer (CTI) e a empresa Ômega Aerosystems. Todos são financiados pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam).
O projeto Artes contempla a construção e implantação de um aeróstato ancorado em um ponto na região de atuação do Instituto Mamirauá, com as funções de monitoramento de biodiversidade (por sensores e redes de sensores) e de telecomunicação (para recebimento da programação de aquisição de dados e envio das informações sensoriais adquiridas).
“Aeróstatos apresentam confiabilidade e resistência a incidentes atmosféricos compatíveis com as torres de comunicação e podem hospedar diversos tipos de sensores, ao mesmo tempo em que proveem uma infraestrutura de telecomunicações para a região ao seu redor”, explica José Reginaldo Hughes Carvalho, professor da Ufam.
Aplicação – O projeto Acampar por sua vez busca viabilizar as interações dos pesquisadores envolvidos para a especificação de missões de observação aérea e monitoramento ambiental nos estudos de caso a serem realizados pelo Mamirauá.
Para Josivaldo Modesto, coordenador do Núcleo de Inovação e Tecnologias Sustentáveis do Instituto, os sistemas fixos do tipo aeróstato podem ser usados tanto para a aquisição de informações ambientais como para estabelecer uma zona de comunicação na área de abrangência das ações do Instituto.
“Com esses projetos, vamos ampliar a infraestrutura de torres já instaladas em Tefé e nas Reservas Mamirauá e Amanã, servindo também como solução de baixo custo para o oferecimento de serviços de telecomunicações e de inclusão digital às populações dessas Unidades de Conservação”, diz Modesto.
Os dois projetos estão diretamente relacionados a outro de desenvolvimento de veículos aéreos: o projeto Droni (Dirigível Robótico de Concepção Inovadora). “Este projeto abrange um protótipo inovador de dirigível, dotado de quatro propulsores elétricos vetorizáveis e infraestrutura robótica mais estratégias de controle e navegação, validando o conceito em aplicações piloto de cunho ambiental na área de atuação do Instituto Mamirauá”, afirma o coordenador geral do projeto, Samuel Siqueira Bueno, do CTI.
A proposta tem apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e envolve a Ufam, a empresa Ômega Aerosystems e o Instituto Mamirauá.
Fonte: Instituto Mamirauá