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Empresas Brasileiras celebram investimento de R$ 1 bilhão em inovação e no setor espacial
Solenidade de celebração das empresas contratadas por meio de editais para atuarem no setor especial
Nesta quarta-feira (13), o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) promoveram uma solenidade de celebração das empresas contratadas por meio de editais do setor aeroespacial. O evento marca a assinatura de cinco contratos de projetos de inovação, totalizando R$ 1 bilhão em investimentos provenientes do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT).
Dentre os projetos contemplados, destacam-se iniciativas relacionadas ao lançamento de artefatos espaciais e desenvolvimento de veículos não tripulados. Notavelmente, dois grupos de empresas brasileiras foram selecionados pela Finep, em parceria com a Agência Espacial Brasileira (AEB), para desenvolver Veículos Lançadores de Pequeno Porte.
O diretor de Gestão de Portfólio da AEB, Rodrigo Leonardi, destacou a importância deste marco no Programa Espacial Brasileiro: "Iremos promover a autonomia do país, principalmente na tecnologia e acesso ao espaço, permitindo que no futuro o Brasil integre o seleto grupo de nações que tem acesso ao espaço, e também, obviamente é um fortalecimento da nossa indústria nacional para o desenvolvimento dos sistemas espaciais de que a nação tanto necessita."
Leonardi também compartilhou sua visão para o futuro. "Daqui dez anos eu quero que o Brasil seja detentor da tecnologia de veículos lançadores, e que de forma regular e contínua, nós lancemos do território nacional, com um veículo lançador nacional, os nossos próprios satélites." Essa aspiração reflete o comprometimento em posicionar o Brasil como líder no desenvolvimento e lançamento de satélites, consolidando sua presença no cenário internacional do espaço.
Um dos consórcios contemplados, formado pelas empresas CENIC, Concert Technologies, PlasmaHub, ETSYS e Delsis, assinou um contrato de R$ 189 milhões com prazo estimado de 36 meses para o desenvolvimento de veículos lançadores.
Ralph Correa, sócio-diretor da CENIC, enfatiza que essa oportunidade única permitirá à iniciativa privada e à indústria aeroespacial agregar valor ao Programa Espacial Brasileiro. A autonomia no lançamento de satélites é vital para avanços em setores como saúde, indústria, energia e agricultura, proporcionando impactos positivos na economia brasileira.
Outro destaque da solenidade foi o anúncio de um investimento não reembolsável de R$ 185 milhões para um consórcio liderado pela AKAER. Este projeto visa a criação de um Veículo Lançador de pequeno porte, capitaneado pela iniciativa privada. O veículo, baseado no foguete MONTENEGRO MKI, será desenvolvido em cooperação com empresas como ACRUX Aerospace, BRENG e EMSISTI.
Com o objetivo de impulsionar o desenvolvimento tecnológico, o projeto envolverá a participação de universidades e instituições de pesquisa nacionais. Estima-se que 90% do veículo será fabricado no Maranhão, contribuindo para a formação de um novo polo tecnológico na região e fortalecendo o Centro de Lançamento de Alcântara (CLA).
A Finep viabilizará o desenvolvimento desses veículos lançadores, que serão acompanhados tecnicamente pela Agência Espacial Brasileira.
O investimento no setor aeroespacial não apenas promove avanços tecnológicos, mas também cria um ambiente de negócios propício para empresas de tecnologia, gera spin-offs, desenvolve novos produtos e contribui para a formação de mão-de-obra qualificada.
O Brasil, posicionado estrategicamente, tem a oportunidade de atrair investimentos e tecnologias, consolidando sua presença no cenário internacional.
A Agência Espacial Brasileira (AEB), órgão central do Sistema Nacional de Desenvolvimento das Atividades Espaciais (SINDAE), é uma autarquia pública vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), responsável por formular, coordenar e executar a Política Espacial Brasileira.
Desde a sua criação, em 10 de fevereiro de 1994, a Agência trabalha para viabilizar os esforços do Estado Brasileiro na promoção do bem-estar da sociedade, por meio do emprego soberano do setor espacial.