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DIRETOR RESSALTA SUCESSO DO CBERS EM SIMPÓSIO CIENTÍFICO
Brasília, 28 de abril de 2015 – O diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Leonel Perondi, ressaltou a ampla participação de especialistas do mundo na abertura do 17º Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto (SBSR), que se realiza até amanhã (29) em João Pessoa (PB).
Em seu discurso, Perondi destacou o sucesso nacional no desenvolvimento de satélites de sensoriamento remoto e de suas aplicações. “O satélite Cbers-4 (realizado em parceria com a China) foi lançado com pleno êxito em dezembro e opera conforme as especificações. Imagens dos quatro sensores são disponibilizadas em operação rotineira pelo lado chinês desde a segunda quinzena deste mês e pelo lado brasileiro a partir de junho”, disse ele.
O Programa Cbers representa um grande avanço na capacitação da indústria nacional. “Além dos subsistemas completos de suprimento de energia e estrutura, foram projetados e fabricados no país os sensores MUX, com quatro bandas espectrais e 20 m de resolução, e WFI, com quatro bandas espectrais e resolução de 64 m. Com a operação em órbita destes sensores, o Brasil passa a integrar um seleto grupo de países com a capacidade de projetar e fabricar sensores para imageamento do planeta”, afirmou Perondi.
O diretor citou ainda o primeiro satélite desenvolvido a partir do projeto totalmente nacional a Plataforma Multi-Missão (PMM), o Amazônia-1, que se encontra na fase de integração e tem lançamento previsto para 2017.
Entre as aplicações na área de sensoriamento remoto, Perondi salientou a contribuição do Inpe para o balizamento de políticas de redução do desmatamento e da degradação ambiental.
Tecnologia – Monitorar desmatamentos, queimadas, a expansão das cidades, safras agrícolas, o nível de rios e reservatórios, entre outras aplicações, é mais fácil e barato quando é possível uma observação ampla e contínua, proporcionada por sensores remotos a bordo de aeronaves ou satélites em órbita. Governo, cientistas e empresas cada vez mais usam o sensoriamento remoto, tecnologia em que o Brasil é um dos pioneiros no mundo, por meio da atuação do Inpe.
O lançamento do primeiro satélite para observação da Terra, o norte-americano Landsat-1, em 1972, proporcionou um salto nos estudos sobre meio ambiente e a dinâmica de ocupação e uso do solo. O Brasil foi o terceiro país a utilizar satélites para o sensoriamento remoto da Terra, logo depois de Estados Unidos e Canadá, ainda em 1973, quando a estação de recepção do Inpe passou a processar os dados do Landsat-1.
Portanto, há mais de quatro décadas o Instituto recebe, processa e distribui imagens que vêm permitindo o desenvolvimento de estudos e atividades de reconhecimento internacional, como os programas que monitoram o desmatamento na Amazônia e as queimadas em todo o país.
No simpósio estão em debate temas como monitoramento ambiental, previsão agrícola, degradação de florestas, urbanização, poluição, saúde, mudanças globais, geologia, hidrologia, oceanografia, cartografia, sensores, processamento de imagens, geoprocessamento, educação, entre outros.
O Inpe e a Associação de Especialistas Latinoamericanos em Sensoriamento Remoto (Selper) promovem o SBSR a cada dois anos para estimular a cooperação interinstitucional e o desenvolvimento do mercado nesta área. Na edição deste ano, mais de mil participantes de vários países têm a oportunidade de divulgar trabalhos técnico-científicos e de trocar experiências sobre os vários usos do sensoriamento remoto.
Fonte: Inpe