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COORDENADORES DEBATEM A INICIAÇÃO CIENTÍFICA NA SBPC
Cerca de 170 coordenadores de programas de Iniciação Científica (Pibic e Pibit) de instituições de ensino e pesquisa de todo o país se reuniram nesta quinta-feira (29) com a vice-presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCT), Wrana Panizzi, para discutir a política nacional de Iniciação Científica (IC) e pensar em estratégias de fortalecimento do Programa. O encontro ocorreu na Anfiteatro 2 do Centro de Ciências Exatas da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), em Natal. O evento faz parte da programação oficial da 62ª Reunião Anual da SBPC, que teve início no último dia 25 e se prolonga até hoje (30).
A palestra foi aberta pelo professor Aldo Malavasi, secretário geral da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e também coordenador de Programa de IC, que classificou a iniciativa como histórica. “É uma oportunidade ímpar reunir tantos professores envolvidos com a iniciação científica. Certamente, daqui sairão propostas e sugestões que aprimorarão todo o sistema”, disse.
Organizado para discutir três questões básicas relacionadas aos programas de IC – experiências positivas/elementos de sucesso, dificuldades/entraves/desafios, e perspectivas de futuro/sugestões para aprimoramento-, o encontro resultou em mais de 40 sugestões dos participantes, que se dividiram em 17 grupos para a realização dos trabalhos. Eles terão até o próximo dia 10 de agosto para consolidar os relatórios e enviar ao CNPq.
Algumas das sugestões envolvem a questão da normatização do Programa de IC. Foi sugerido, por exemplo, a equiparação dos valores das bolsas por todas as agências e fundações. Outra sugestão foi de que se torne obrigatória a integração de todos os bolsistas em grupos de pesquisa. Flexibilizar os prazos para a seleção e implementação de bolsas novas foi outra idéia apresentada. Todas as sugestões serão compartilhadas entre as pessoas envolvidas no debate oportunamente.
O programa de IC do CNPq conta atualmente com cerca de 28 mil bolsistas, incluindo os de nível médio, mas chegará a 44 mil até o fim do ano. Wrana Panizzi disse que a Iniciação Científica tem que ser mais discutida, não só pelo CNPq, mas por todas as instituições envolvidas, “a exemplo do que é feito com os Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia, os INCTs, outro programa nosso em parceria com as mais diversas instituições”, disse.
Ao final da reunião, foi aprovado pela plenária o envio de relatórios consolidados sobre o que foi discutido. A partir daí, o CNPq dará encaminhamento às discussões, podendo, dependendo das conclusões apresentadas, resultar na criação de uma comissão nacional ou mesmo de um fórum permanente para discutir a Iniciação Científica no Brasil, como ocorre com o Fórum de Reitores de Pesquisa e Pós-Graduação (Foprop).
Esta foi a primeira reunião, em nível nacional, envolvendo praticamente todos os coordenadores de IC de instituições brasileiras. A idéia do encontro foi apresentada pelo professor Wildoberto Gurgel, da Universidade Federal do Maranhão, e deve se repetir na próxima reunião anual da SBPC, em julho do ano que vem, em Goiânia.