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Paineis abordaram regulação, investimentos e oportunidades na exploração do espaço
Comercialização do espaço e mineração espacial são os temas de 2º dia do Fórum da Indústria Espacial Brasileira
Quais serão os próximos passos e conquistas da indústria espacial? Para responder a essa pergunta, Paulo Eduardo Vasconcellos, diretor de inteligência, estratégia e novos negócios da Agência Espacial Brasileira (AEB), moderou grandes nomes do segmento espacial no painel O que esperar do setor espacial?
Os impactos da Covid-19 foram intensos em todas as áreas da economia, mas na visão de Valanathan Munsami, CEO da Agência Espacial Nacional Sul-Africana, o setor espacial teve um grande aumento nos investimentos, apesar de todos os desafios enfrentados. Munsami explicou ainda que a Agência Espacial da África do Sul criou estratégias sobre como trabalhar com outros países, entre eles o Brasil, e como criar novos modelos de negócios.
Marc Serres, CEO da Agência Espacial de Luxemburgo (LSA), ressaltou que o planeta vive uma “alta comercialização do espaço” e que a ideia de um ecossistema de comércio espacial é uma tendência. Para Serres, investimentos no espaço são seguros, mas é fundamental mudar o olhar que se tinha sobre o espaço no passado.
Também por essa razão, é preciso ter um ambiente regulatório aplicado ao setor espacial, como disse Kevin O´Connell, diretor do Departamento de Comércio Espacial dos Estados Unidos. Ele também citou que é fundamental preparar os talentos para que possam ajudar a desenvolver o mercado espacial e contar também com profissionais de outras áreas com visões diferentes.
Mineração Espacial
O espaço possui diversos tipos de recursos valiosos que podem ser explorados e esse foi o assunto do segundo painel do dia do Fórum Espacial, moderado por Danilo Sakay, analista sênior de projetos espaciais da Agência Espacial Brasileira (AEB).
Para o painel Mineração Espacial, Mathias Link, trouxe uma provocação: existe um grande escopo de utilização dos recursos espaciais, o que pode gerar valor comercial e ser utilizado em outras áreas, além do setor espacial. No entanto, a aplicação não é tão simples: Link mencionou dificuldades técnicas, regulatórias, financeiras e de negócios.
Kyle Acierno, CEO da iSpace, contou sobre seu projeto Moon Valley 2040 que prevê 1.000 pessoas vivendo e trabalhando na lua até 2040. Ressaltou que já existem diversas empresas que desejam investir e explorar a superfície lunar e que nos próximos anos haverá diversas missões.
Para concluir o painel, Gustavo Roque, cofundador do Mining Hub, pontuou que é necessário tratar a mineração espacial como tema prioritário, pois há potencial para grandes avanços. Disse também que é comum pensar em trazer oportunidades do espaço para a Terra, mas que agora é hora de fazer o caminho inverso: procurar por oportunidades na Terra para utilizar no espaço.
Fonte: Parque Tecnológico