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Começa a segunda fase do Edital de Apoio aos Grupos de Foguetes Acadêmicos
Nesta quarta-feira (6), ocorreu o 1º Encontro de Integração e Resultados Preliminares das Equipes de Foguetes Universitários 2021, evento virtual que reuniu o presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), Carlos Moura, o diretor do Centro de Lançamento da Barreira do Inferno (CLBI), coronel Janhsen, especialistas e alunos que participam do Edital de Apoio aos Grupos de Foguetes Acadêmicos. O encontro deu início a uma nova etapa do Edital de Apoio aos Grupos de Foguetes Acadêmicos. A nova fase do edital consiste em realizar a compra dos materiais dos veículos lançadores, quantia que será repartida entre as diversas categorias dos grupos, fazer visitas técnicas com especialistas e elaborar workshops e apresentações entre as equipes.
“Nós sabemos que a semente plantada nesses esforços para os universitários fará com que tenhamos profissionais habilitados e motivados para perseguir objetivos ainda muito maiores, mais significativos e também mais relevantes para a atividade espacial no Brasil”, afirma Moura.
São 22 equipes acadêmicas, com cerca de 400 alunos no total, realizando projetos que se classificam em quatro categorias: duas relacionadas a foguetes e outras duas de bancada experimental, no qual o motor de um foguete é testado. Ainda há subcategorias em tecnologias, no qual a tecnologia de motor de foguete de propulsão sólida e híbrida tem destaque.
O Edital, que teve início em 2020, é uma realização da Fundação de Ciência, Aplicações e Tecnologia Espaciais (FUNCATE), por meio do Termo de Fomento E2T junto à AEB, autarquia vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI).
Os grupos têm contado com o auxílio técnico voluntário de um comitê composto por 24 especialistas com atuação na área espacial, que foram selecionados de acordo com suas especializações. Os profissionais que realizaram o acompanhamento são profissionais da AEB, da FUNCATE, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), do Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA) e do Centro de Lançamento da Barreira do Inferno (CLBI). Também participam professores da Universidade de Brasília (UnB), da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), da Universidade Federal do Ceará (UFC) e da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Por último, integrantes de associações de competição de foguetes experimentais universitários também têm atuado, como a COBRUF, o Latin American Space Challange (LASC) e a Federação Nordeste Aeroespacial (FENEA).
“Em 2002, eu participei de uma equipe do Programa UNIESPAÇO, realizado pela AEB, enquanto realizava minha graduação em Engenharia Mecânica. Antigamente, não havia nenhum curso de Engenharia Aeroespacial no Brasil. Com o aumento dos cursos nesta área, além de que hoje, já existem 30 grupos que realizam projetos sobre foguetes. Sendo assim, a tendência deste número é só aumentar”, afirmou o analista de projetos espaciais da FUNCATE, Danilo Sakay.
“A ideia é integrar o conhecimento e criar uma rede entre esses alunos. É interessante pensar que há mais alunos participando do Edital, do que, provavelmente, especialistas de foguetes no Brasil hoje em dia”, complementa Sakay.
Sobre a AEB
A Agência Espacial Brasileira, órgão central do Sistema Nacional de Desenvolvimento das Atividades Espaciais (SINDAE), é uma autarquia pública vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), responsável por formular, coordenar e executar a Política Espacial Brasileira.
Desde a sua criação, em 10 de fevereiro de 1994, a Agência trabalha para viabilizar os esforços do Estado Brasileiro na promoção do bem-estar da sociedade, por meio do emprego soberano do setor espacial.
Coordenação de Comunicação Social - CCS