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CLBI FINALIZA ATIVIDADES OPERACIONAIS COM RASTREAMENTO DO VEÍCULO ARIANE
O Centro de Lançamento da Barreira do Inferno (CLBI), em Parnamirim, no Rio Grande do Norte, finalizou, na quarta-feira, (21.12), as atividades operacionais de 2016 com o rastreamento do Veículo Ariane VA234. O veículo foi lançado a partir do Centro Espacial Guianês, em Kourou, na Guiana Francesa, às 18h30, horário de Brasília.
O Ariane transportou como carga embarcada, dois satélites de comunicações, o JCSAT-15 e o STAR ONE. O primeiro será usado nos serviços de TV no Japão, assim como nas comunicações de transferências de dados marítimos e de aviação para a Oceania e Oceano Índico. O segundo vai expandir os serviços da Embratel no Brasil e na América Latina, garantindo a oferta de sinais de áudio, TV, rádio e dados e internet.
No CLBI, a operação de rastreamento mobilizou, durante o ensaio técnico e a cronologia real de rastreamento, 48 servidores, entre técnicos e engenheiros. Das estações que compõem a cadeia de rastreamento, a de Natal é a única operada por profissionais de nacionalidade diferente das que integram a Agência Espacial Europeia (ESA).
O CLBI compõe uma cadeia de rastreamento de veículos lançados à leste, juntamente com Galliot, na Guiana Francesa; Ascension, no Atlântico Sul; Libreville, no Gabão e Malindi, no Quênia; tornando-se imprescindível a participação operacional da Estação Natal por ser a única estação rastreadora durante a fase propulsada do veículo.
De acordo com o coordenador de telemedidas, o engenheiro Clécio de Oliveira Godeiro, o rastreamento do VA234 foi um sucesso e a Estação cumpriu todos os requisitos exigidos nos protocolos operacionais: “Como todos os cinco rastreamentos realizados neste ano, a condição operacional foi plena, sendo os dados do foguete processados, analisados e enviados em tempo real para o Centro Espacial Guianês”, afirmou.
O diretor do CLBI, o coronel Paulo Junzo Hirasawa, destacou o valor de encerrar o calendário operacional de 2016 com a qualidade e a excelência que ratificam os processos operacionais da Organização. “Encerramos as atividades operacionais garantindo o fiel cumprimento do Acordo Internacional firmado entre o CLBI e a ESA nos processos de rastreamento, gravação, decomutação e entrega segura dos dados provenientes do veículo”.
Junzo ainda acrescentou que o apoio às atividades de lançamento e rastreamento remoto às Operações no Centro de Lançamento de Alcântara (CLA) e a condução das Operações Astros e Barreira, certificaram a condição estratégica do Centro no exercício da missão institucional.
Estação Natal – A “Estação que não para” é rótulo que define a Estação de Natal (Telemedidas) por nunca ser desligada. Isso é praticado em todas as estações da Agência Espacial Europeia distribuídas ao longo de alguns Continentes. Essa característica é definida pela necessidade de tê-la permanentemente energizada e mantida sob condições controladas de temperatura e umidade relativa. Sistemas de alarmes em pontos estratégicos permitem a vigilância dos diversos parâmetros durante 24 horas, garantindo a minimização da quantidade de anomalias sobre os sistemas, elevando, consequentemente, a confiabilidade da Estação.
Uma segunda interpretação de “A Estação que não para”, decorre de sua alta taxa de utilização, tanto pelo Centro Espacial Guianês, quanto pelo CLBI, na elevada cadência operacional.
Ao longo dos 37 anos de cooperação internacional com a ESA, o CLBI realizou o rastreamento de veículos que levaram mais de 350 satélites, sejam para órbitas baixas, para as órbitas de transferências geoestacionárias ou para órbitas interplanetárias. Entre os destaques estão a Missão Rosetta, referenciada por sua complexidade e notoriedade.
Fonte e foto: CLBI