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CDR do nanossatélite Catarina A2 marca avanço no Programa Constelação Catarina
Nos dias 12 e 13 de agosto, o Instituto SENAI de Inovação em Sistemas Embarcados sediou a Revisão Crítica de Design (CDR) do nanossatélite Catarina A2. Este dispositivo faz parte do Programa Constelação Catarina, um esforço colaborativo voltado para a criação de sistemas espaciais com nanossatélites.
O Programa Constelação Catarina, conforme estabelecido pela Portaria AEB nº 590, de 6 de maio de 2021, visa desenvolver sistemas espaciais que se apoiam em nanossatélites. O objetivo é retransmitir os dados obtidos pelas centenas de Plataformas de Coleta de Dados (PCDs) distribuídas no território nacional para estações terrestres que disponibilizarão esses dados por meio do sistema Integrado de Dados Ambientais (SINDA) a fim de atender principalmente aos setores agropecuário e de defesa civil do Brasil, contribuindo para o desenvolvimento socioeconômico sustentável do país. A Agência Espacial Brasileira (AEB) desempenha o papel de cliente neste projeto.
A banca da CDR, composta pelo dr. Danilo Miranda, dr. Eduardo Bezerra e Felipe Fraga, coordenador de Satélites e Aplicações da AEB, autorizou o prosseguimento do projeto. As revisões de projetos são marcos essenciais para assegurarem a funcionalidade dos equipamentos espaciais desde seu desenvolvimento, até seu lançamento e operação.
"No caso da CDR, trata-se de um marco importante em projetos de satélites, pois é quando se encerra a fase de projeto detalhado e se inicia a fase de Montagem, Integração e Testes (AIT). A equipe responsável pelo projeto no SENAI demonstrou maturidade técnica, domínio do projeto e documentação condizente com o esperado para momento, estando aptos a passarem para a nova fase”, explicou Felipe Fraga.
Este projeto desenvolvido pelo SENAI/SC agora está validado para avançar para a montagem final do satélite, com lançamento previsto para 2025. Após o lançamento, o satélite passará pela etapa de comissionamento, que consiste em realizar testes em órbita para validar o correto funcionamento de todos os seus sistemas.
O Programa Constelação Catarina baseia-se em três pilares principais: desenvolvimento tecnológico nacional, estímulo à indústria espacial em Santa Catarina e em outros estados, e suporte a políticas públicas. Esses pilares conferem grande relevância ao programa, beneficiando diversos setores com os dados coletados pelos satélites.
O nanossatélite, com dimensões aproximadas de 10cm x 10cm x 30cm, terá a capacidade de operar a 600 quilômetros da superfície terrestre e servirá como substituto para satélites que estão em órbita no final de sua vida útil.
Projeto surgiu com o ciclone-bomba
O projeto surgiu após o ciclone-bomba que afetou o Sul do Brasil em junho de 2020. A necessidade de soluções para eventos meteorológicos extremos levou à criação da Constelação Catarina, que recebeu apoio significativo de diversos parceiros e financiamentos.
Além da CDR, foram realizadas fiscalizações do Convênio n° 001/2021 no Instituto SENAI e uma visita à UFSC no dia 14/08 para verificar os recursos repassados e as atividades dos laboratórios. A UFSC tem um papel importante nos projetos Constelação Catarina e Golds.
Sobre a AEB
A Agência Espacial Brasileira (AEB), órgão central do Sistema Nacional de Desenvolvimento das Atividades Espaciais (SINDAE), é uma autarquia pública vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), responsável por formular, coordenar e executar a Política Espacial Brasileira.
Desde a sua criação, em 10 de fevereiro de 1994, a Agência trabalha para viabilizar os esforços do Estado Brasileiro na promoção do bem-estar da sociedade, por meio do emprego soberano do setor espacial.