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BRASIL PRECISA DE MAIS SATÉLITES DE COMUNICAÇÃO, AFIRMA PRESIDENTE DA AGÊNCIA ESPACIAL
O Brasil precisa ter, pelo menos, mais quatro satélites de comunicação e transmissão de dados. O diagnóstico foi feito pelo presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), Carlos Ganem, que participou hoje (17) do seminário 2011 – Novas Tecnologias e Cenário Futuro, promovido pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan).
“O Brasil está sem satélite ótico desde abril de 2010, quando apagou o Cbers-2B, que é um satélite da família sino-brasileira para a observação da terra. O Brasil também espera ter, finalmente, o seu satélite radar, que permite ver o país mesmo em dias de densas nuvens e em locais com árvores gigantescas, como a Amazônia”, disse Ganem.
Os satélites geoestacionários, que ficam parados sobre um ponto fixo do planeta, também são considerados uma necessidade, tanto para os serviços de meteorologia quanto para dar segurança às comunicações diplomáticas e militares.
Apesar de reconhecer que o Brasil tem deficiências no segmento das comunicações via satélite, o presidente da Associação Brasileira de Telecomunicações (Telecom), Roberto Aroso, acredita que, para os próximos grandes eventos esportivos, como a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016, o país não deverá enfrentar nenhum tipo de sobrecarga. “São várias empresas que fornecem serviços de telecomunicações por satélite e essas empresas estão preparadas. Temos uma série de expansões prevista para o próximo ano que compensarão a deficiência atual”, disse Aroso.
O presidente da Telecom apontou como um dos mais graves problemas do setor a alta carga tributária que incide sobre os serviços de telecomunicações, dificultando a atração de investimentos. O estado recordista é, justamente, o Rio de Janeiro, que chega a taxar os serviços do setor em 50%. Para Aroso, o ideal seria uma carga tributária em torno de 5%.