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BOLSISTA DO CIÊNCIA SEM FRONTEIRAS HOMENAGEADO POR ALTO DESEMPENHO
Brasília, 23 de março de 2015 – O estudante de Engenharia Elétrica da Universidade Estadual de São Paulo (Unesp), Luiz Henrique Vitti Felão, que por um ano foi bolsista do programa Ciência sem Fronteiras (CsF) no Limerick Institute of Technology (LIT), em Limerick, na Irlanda, foi homenageado pelo professor Michael O’Connell, pró-reitor de estratégia e relações internacionais da instituição, devido ao alto desempenho alcançado em todas as matérias cursas no período.
Frequentando hoje o último semestre de seu curso no Campus de Ilha Solteira, em São Paulo, Felão ganhou um certificado do LIT e um prêmio de US$ 200. Ele planeja seguir carreira acadêmica e espera “conseguir contribuir e ajudar a sociedade da mesma forma com que fui ajudado”. Sua intenção é iniciar um projeto de doutorado no Laboratório de Instrumentação Eletrônica e Engenharia Biomédica da Unesp.
O estudante, que tem especial interesse pela área de robótica disse que “nunca pensei que fosse conseguir fazer intercâmbio para o exterior e se não fosse o Ciência sem Fronteiras, não teria a oportunidade de conhecer outro sistema de ensino e outras culturas”, ressalta Felão.
No ensino médio, fez o curso técnico em eletrônica em um colégio estadual em Agudos, sua cidade natal no interior de São Paulo. A decisão de seguir a carreira de engenheiro elétrico se consolidou após o estágio na Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer), em Gavião Peixoto (SP), no setor de Instrumentação e Ensaios em Voo. “O contato com uma empresa nacional de grande porte me influenciou fortemente a continuar estudando e seguir a profissão de engenheiro”.
Desde o início da faculdade, a atividade de pesquisa foi intensa. No Laboratório da Unesp, colocou em prática alguns conceitos vistos na graduação. Como bolsista do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (Pibic) do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), por três anos, participou de projetos de biomédica, desenvolvendo equipamentos para auxiliar a reabilitação em pacientes com dificuldades motoras.
Diferenças – Felão se encantou pela Irlanda assim que chegou. No LIT, notou algumas diferenças entre as instituições brasileiras e irlandesas. “Achei o ensino europeu muito voltado ao mercado de trabalho, com disciplinas mais práticas e quase todas as aulas realizadas em laboratórios. Outra grande diferença também é a proximidade das empresas com as universidades – a maior parte dos projetos de pesquisa é financiada por empresas”.
No início deste mês, o jornal irlandês The Irish Times publicou uma reportagem especial destacando a presença de estudantes brasileiros no país. Segundo a publicação, é cada vez maior o número de bolsistas do CsF que escolhe a Irlanda para estudar.
A Irlanda ingressou no programa em 2013, quando 537 brasileiros se inscreveram para fazer graduação-sanduíche em universidades locais. Hoje, 26 instituições participam do CsF. Os três principais destinos são University of Limerick, Waterford Institute of Technology e NUI Galway. Ciência, engenharia, tecnologia e matemática se destacam entre as áreas de conhecimento.
Fonte: MCTI