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ÁREA ESPACIAL É TEMA DE DISCUSSÃO DURANTE VISITA DA PRESIDENTE DILMA À CHINA
Nesta terça-feira (12/4), o diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Gilberto Câmara, participou do seminário “Diálogo de Alto Nível Brasil–China em Ciência, Tecnologia e Inovação”, evento que abriu a programação oficial da presidente Dilma Rousseff em Pequim. Além da sessão sobre o espaço, foram promovidas discussões sobre energias renováveis, nanotecnologia, agricultura e segurança alimentar, tecnologia da informação e políticas de inovação.
Ainda na segunda-feira, ao lado do ministro Aloizio Mercadante e secretários do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), o diretor do INPE visitou a Academia de Ciências da China, para fomentar a colaboração nas áreas de observação da Terra, aplicações de sensoriamento remoto e clima espacial.
A delegação do MCT esteve também na Academia Chinesa de Tecnologia Espacial (Cast), parceira do Inpe no Programa Cbers (Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres), considerado um dos pilares da parceria estratégica entre o Brasil e a China.
Satélites
Desde a assinatura do acordo de cooperação, em 1988, Brasil e a China já colocaram em órbita três satélites e se preparam para novos lançamentos. Graças ao Cbers, o Brasil é hoje um dos maiores distribuidores de imagens orbitais do mundo.
Os satélites da família Cbers são utilizados para as mais diversas aplicações, como monitorar desmatamentos e expansão da agropecuária, planejamento urbano e gerenciamento hídrico.
Além do fornecimento gratuito de imagens de satélite, que contribuiu para a popularização do sensoriamento remoto e para o crescimento do mercado de geoinformação brasileiro, o Programa Cbers promove a inovação na indústria espacial nacional, gerando empregos em um setor de alta tecnologia fundamental para o crescimento do País.
Desde junho de 2004, quando ficaram disponíveis na internet, mais de 600 mil imagens já foram distribuídas pelo Brasil para cerca de 20 mil usuários, em mais de duas mil instituições públicas e privadas. Em média, têm sido registrados diariamente 750 downloads no Catálogo Cbers.
Em 2008, Brasil e China decidiram oferecer gratuitamente as imagens do Cbers para todo o continente africano. A distribuição das imagens deve contribuir para que governos e organizações na África monitorem desastres naturais, desmatamento, ameaças à produção agrícola e riscos à saúde pública.