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Amazonia 1 completa 10 dias em órbita
O satélite Amazonia 1 completa 10 dias em órbita nesta terça-feira (9). Totalmente projetado, integrado, testado e operado pelo Brasil, o satélite opera normalmente em órbita e está situado numa altitude média de 752 km acima da superfície terrestre.
O satélite brasileiro ainda está em fase de testes de todos os seus subsistemas, mas suas primeiras imagens já estão sendo processadas pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE/MCTI), em São José dos Campos. De acordo com o Instituto, depois dessa primeira fase, já será possível ter a primeira imagem definitiva e oficial.
Com as imagens captadas, será possível realizar de forma mais adequada e eficiente o monitoramento de áreas ambientais, bem como do desmatamento da região amazônica. O sucesso do lançamento na Índia prepara, definitivamente, o Brasil para a realização de grandes missões espaciais, incluindo lançamentos de satélites e foguetes no Centro de Lançamentos de Alcântara (CLA), no Maranhão.
O Amazonia 1 é um projeto nacional, que envolveu a participação de vários órgãos governamentais, de profissionais da área, da academia e da indústria. Foram nove empresas envolvidas no processo de produção do satélite, cinco delas estão ligadas ao Parque Tecnológico São José dos Campos (PqTec).
De acordo com a diretora interina de Inteligência Estratégica e Novos Negócios da AEB, Michele Cristina Silva Melo, a participação dessas empresas é estratégica e contribui para consolidar o conhecimento brasileiro no ciclo completo de desenvolvimento de satélites. “A Missão Amazonia 1 capacita a indústria nacional em sistemas e subsistemas, aumentando o nível de maturidade e condições de inserção da tecnologia brasileira no mercado espacial global”, explica.
Para o diretor de operações do Parque Tecnológico, José Iram Barbosa, o lançamento comprova a capacidade do Brasil no desenvolvimento de projetos espaciais. “Um dos grandes diferenciais do Amazonia 1 é o conceito de Plataforma Multimissão, que otimizará missões futuras.”
MERCADO ESPACIAL - Diante deste cenário, o Cluster Aeroespacial Brasileiro estimula o interesse para que mais empresas atuem no setor espacial. “É um momento único para o Brasil. Estamos lançando um satélite comprovando que o nosso país é capaz de produzir tecnologias de alto valor agregado. Queremos ampliar a proporção das nossas empresas que também atuam neste segmento”, afirma Marcelo Nunes, coordenador do Cluster Aeroespacial Brasileiro.
Os investimentos no setor espacial têm crescido globalmente. De acordo com dados da AEB, em 2008, apenas 49 países investiam no setor espacial. Em 2018, esse número aumentou para 72 países e, em 2020, são 79 países investindo no segmento.
A atenção para o espaço vem dos benefícios econômicos que a exploração espacial pode trazer, tanto dos diretos, que têm origem na cobrança por serviços que usem o espaço, quanto dos indiretos, como os sinais de satélite usados no agronegócio, meteorologia, desastres naturais, entre tantas outras aplicações.
A expectativa é de que, até 2040, a economia espacial atinja o valor de US$1 trilhão. Só o mercado de veículos lançadores deverá alcançar algo em torno de US$20 bilhões até 2030.
Sobre a AEB
A Agência Espacial Brasileira, órgão central do Sistema Nacional de Desenvolvimento das Atividades Espaciais (SINDAE), é uma autarquia vinculada ao MCTI, responsável por formular, coordenar e executar a Política Espacial Brasileira.
Desde a sua criação, em 10 de fevereiro de 1994, a Agência trabalha para viabilizar os esforços do Estado Brasileiro na promoção do bem-estar da sociedade, por meio do emprego soberano do setor espacial.
Coordenação de Comunicação Social - CCS
Com informações do PqTEC São José dos Campos