Notícias
ALÉM DE UM GRANDE EVENTO TECNOLÓGICO, CAMPUS PARTY É CELEIRO DE NOVOS PROFISSIONAIS
O Campus Party, sem dúvida, é o maior evento na área de tecnologia do Brasil e um dos maiores do mundo. Nele, grandes empresas expuseram em seus estandes as novidades nas áreas em que atuam. Para os que tinham interesse na área espacial, a Agência Espacial Brasileira (AEB) por meio de palestras proferidas por especialistas apresentou de forma detalhada o Programa Espacial Brasileiro, como por exemplo as novidades na área do uso de robôs em condições adversas tanto no espaço exterior ao planeta Terra quanto em áreas de exploração dos ambientes terrestres. Os interessados em satélites puderam conferir as suas definições, qualificações, aplicações e as próximas novidades.
A cada edição, o Campus Party tem atraído cada vez mais jovens com mentes brilhantes. De olho nesse público as grandes empresas, montaram estandes que chamavam a atenção de curiosos e de possíveis novos profissionais para o seu quadro.
Em relação à área espacial um fato curioso ocorreu na última edição do Campus Party.O que devo fazer para trabalhar na Nasa? Com essa pergunta a estudante brasileira Janynne Gomes de 22 anos, da Universidade do Vale do Rio Doce (Univale), em Governador Valadares (MG), conseguiu uma vaga em um concorrido curso de engenharia e robótica na Agência Espacial Americana (Nasa). Como ela conseguiu? O engenheiro consultor da Nasa há mais de 20 anos, Marco Figueiredo, não conseguindo responder a pergunta da estudante passou o questionamento a Michael Comberiate, um espécie de caçador de talentos. Ele gostou da ousadia da pergunta e depois de analisar o currículo da estudante, a convidou para participar do curso.
Para Marco Figueiredo, a pergunta colocou Janynne em uma posição favorável para conseguir a vaga no curso. “Sem dúvida ela teve muita coragem em fazer a pergunta e isso se tornou um aspecto diferencial para que ela conseguisse este êxito”. Hoje, após o período na Agência americana, a brasileira já foi convidada para trabalhar em grandes empresas. Mas o curso, tão importante na vida futura da brasileira, só foi conseguido graças aos esforços da própria estudante.
De acordo com o engenheiro brasileiro, a Nasa não está procurando estudantes brasileiros, mas sim grandes mentes. “ A Nasa não está buscando estudantes do Brasil para seu corpo de funcionários. Foi Michael que ficou entusiasmado com o exemplo da Janynne e resolveu abrir algumas oportunidades”.
O exemplo de Janynne parece mesmo estar atraindo outros. Os estudantes de engenharia elétrica Artur Pasotti, 22, e Larissa Resende, 21, sonham com uma oportunidade parecida. No entanto, a intenção de ambos é diferente. Eles gostariam de trabalhar no país e contribuir com a evolução do Programa Espacial Brasileiro. “Desde pequeno sempre gosteava de tudo relacionado a espaço. Buscava informações e fazia diversas pesquisas. Eu sei que o país encontra dificuldades e gostaria de poder ajudar diretamente para que possamos avançar nessa área. Gostaria que tivéssemos cursos , mais disseminados em todo país, para que pudéssemos evoluir e não precisar sair do país para obter reconhecimento”, enfatiza Artur.