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Agência Espacial Brasileira tem primeira mulher no comando
A chefe de gabinete da Agência Espacial Brasileira (AEB), Letícia Vilani Morosino, assumiu interinamente a função do presidente Carlos Moura, que participa da missão para o lançamento do satélite Amazonia 1, na Índia, junto à comitiva do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI).
“O fato de uma mulher comandar a Agência Espacial Brasileira, pela primeira vez, é sinal de incentivo à participação de colaboradoras em cargos de gestão e, principalmente, da efetiva inserção de mulheres atuando no Programa Especial Brasileiro, que é eminentemente formado por profissionais do sexo masculino”, destaca o diretor de Planejamento, Orçamento e Administração, Aluísio Camargo.
Mestranda pela Universidade de Brasília (UnB), formada em Direito e pós-graduada em Ordem Jurídica, Letícia Morosino, antes de ingressar no quadro da autarquia vinculada ao MCTI, teve experiências marcantes no setor espacial e consultoria internacional. “Sabemos da importância da representatividade feminina no setor aeroespacial. Espero servir de estímulo para outras mulheres atuarem nesse campo profissional”.
A presidente em exercício considera que “é uma honra e um desafio atuar em um cargo estratégico da Agência. Acredito que somos escolhidas por nosso histórico profissional e capacidades em contribuir com o setor”. Atualmente, a AEB conta com um quadro de aproximadamente 150 profissionais. Destes, 43% são mulheres e 57% são homens.
Para incentivar o crescente ingresso de mulheres no setor espacial, a autarquia tem priorizado ações e projetos que possam impulsionar a participação de meninas e jovens mulheres, que optaram por atuar nas áreas de ciência e tecnologia, a continuar o desenvolvimento de suas habilidades.
A formação de mulheres no campo das ciências astronáuticas, por exemplo, é uma atividade que tem sido incentivada em diversas agências espaciais em outras nações, como na Administração Nacional de Aeronáutica e Espaço (NASA), no contexto das projeções do Programa Artemis, do qual o Brasil registrou interesse em participar. A expectativa para o Artemis é que uma mulher seja a primeira astronauta a integrar a próxima tripulação que fará um novo pouso em solo lunar até 2024.
De acordo com o coordenador de Gestão de Pessoas, Wando Wellinton Pereira de Sá, 34% dos cargos de gestão disponíveis na autarquia estão ocupados por colaboradoras. Ele enfatiza que o quadro de colaboradores da AEB é sempre formado pela capacidade técnica e científica. “A nossa contratação é baseada na meritocracia. A orientação da área de Gestão de Pessoas é de incentivar e aproveitar as habilidades e competências dos colaboradores, valorizando e incentivando a diversidade na instituição”, acrescentou.
A Agência Espacial Brasileira considera que, no contexto de recente acordo de cooperação técnica internacional voltado para o incremento do Programa Espacial Brasileiro, seja fomentado o interesse pelas carreiras do setor aeroespacial, especialmente por parte de mulheres e meninas.
O acordo de cooperação internacional, firmado em conjunto com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e a Agência Brasileira de Cooperação do Ministério das Relações Exteriores (ABC/MRE), traz uma série de ações direcionadas para o aperfeiçoamento das políticas de regulação, incentivo industrial, desenvolvimento de competências e carreiras no setor aeroespacial. Entre elas, monitoramento, comunicação e avaliação de resultados, ampliação e utilização de soluções brasileiras, ações educacionais de incentivo nas áreas de Ciência, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática (sigla em inglês STEAM - Science, Technology, Engineering, Arts and Mathematics).
“Trata-se de uma excelente oportunidade para se identificar novas profissionais que, por meio de suas qualificações e potenciais, contribuem diuturnamente com a solução e gestão dos mais diversos assuntos nas organizações nacionais”, conclui o assessor de Cooperação Internacional, Alessandro Carvalho.
Sobre a AEB
A Agência Espacial Brasileira, órgão central do Sistema Nacional de Desenvolvimento das Atividades Espaciais (SINDAE), é uma autarquia vinculada ao MCTI, responsável por formular, coordenar e executar a Política Espacial Brasileira.
Desde a sua criação, em 10 de fevereiro de 1994, a Agência trabalha para viabilizar os esforços do Estado Brasileiro na promoção do bem-estar da sociedade, por meio do emprego soberano do setor espacial.
Coordenação de Comunicação Social - CCS