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AEB fortalece parceria com Universidade Federal de Santa Maria
O presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), José Raimundo Braga Coelho, e o reitor da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM/RS), Paulo Afonso Burmann, reuniram-se na última segunda-feira (23.04) para assinar um termo de execução descentralizada que viabiliza a pesquisa, lançamento e operação do NanoSatC-BR2. Desenvolvido a partir de uma parceria entre a UFSM e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), o nanossatélite contribuirá para o fortalecimento da capacidade científica e tecnológica do País, levantando importantes questões relacionadas a pesquisas com foco em geoespaço, aeronomia e geofísica espacial.
O presidente da AEB exaltou o bom relacionamento com a UFSM, registrando, ainda, que iniciativas de cooperação como esta promovem a qualificação de recursos humanos especializados, o que é extremamente importante para um setor multivalente como o espacial. Na AEB, acrescentou, “temos a Diretoria de Satélites, Aplicações e Desenvolvimento (DSAD), cujo foco é justamente identificar oportunidades de aproximação entre a Agência e as universidades com o intuito de implementar projetos que impactem positivamente a área em que atuamos”.
Programa de Desenvolvimento de CubeSats
O NanoSatC-BR2 é o segundo objeto proposto no âmbito do Programa NanoSatC-BR, iniciativa cujos objetivos gerais incluem, dentre outros, a capacitação de recursos humanos para a realização de pesquisa e desenvolvimento com instrumentação espacial, a qualificação de circuitos miniaturizados, a realização de pesquisas científicas relacionadas à fenomenologia do geoespaço e clima espacial, e a promoção de maior cooperação nacional e internacional.
Com o apoio da AEB, a UFSM desenvolveu, em parceria com o INPE, o NanoSatC-BR1, primeiro cubesat nacional. Lançado com sucesso ao espaço em junho de 2014, esse artefato integrava uma missão destinada ao monitoramento da magnetosfera da Terra por meio da medição do campo magnético terrestre sobre o Brasil. Em órbita há mais de três anos, o NanoSatC-BR1 continua emitindo dados que são recebidos e armazenados sistematicamente por uma rede de duas estações terrenas de rastreio, uma localizada em Santa Maria (RS), e outra, em São José dos Campos (SP).
O projeto NanoSatC-BR2 promove o desenvolvimento de sistemas e subsistemas de cubesats bem como a coleta de dados destinados ao mapeamento da intensidade do campo geomagnético nas grandes regiões da Anomalia Magnética do Atlântico Sul. Segundo nanossatélite científico universitário brasileiro, com a assinatura do termo entre a AEB e a UFSM, será possível operá-lo, monitorá-lo e conduzir novas pesquisas reaproveitando parte da infraestrutura e da competência utilizadas no NanoSatC-BR1.