Comunicações
Comunicações
A utilização de satélites para comunicações tem se generalizado ao longo dos anos em grande parte dos países. A tecnologia tem se tornado madura ao longo das últimas décadas e propiciado a exploração comercial para um grupo de aplicações em diversos setores, entre as quais destacam-se Telecomunicações, Telessaúde, Televisão, Radiodifusão e Educação.
Telecomunicações
Satélites têm sido tradicionalmente utilizados para aplicações de telecomunicações com o objetivo de prover voz e dados. Por meio da utilização dos satélites é possível atingir áreas remotas dos países e garantir que as políticas públicas atinjam uma parcela maior da sociedade.
As redes de satélites foram a espinha dorsal do sistema intercontinental de Rede Telefônica entre os anos de 1960 e 1980. Embora a introdução dos cabos de fibra ótica tenha ganhado relevância nas últimas décadas, as comunicações via satélite continuam a ser um negócio altamente rentável, principalmente entre os prestadores de serviços fixos por satélite e de serviços móveis de dados (por exemplo, serviços de dados para navios e serviços para os mercados aeronáuticos). Também se destacam os provedores de equipamentos terrestres para serviços via satélite e VSATs (Very Small Aperture Terminals), responsáveis por fornecer receptores de comunicações e soluções para agências públicas (incluindo o setor de defesa) e empresas privadas, incluindo bancos, varejo, petróleo e gás e comunidades rurais.
Telessaúde
Os satélites de comunicação têm sido utilizados para aplicações na área de saúde, a fim de possibilitar tratamentos e diagnósticos de forma mais rápida, independente da distância. A Telessaúde é o uso das modernas tecnologias da informação e comunicação para atividades à distância relacionadas à saúde em seus diversos níveis (primário, secundário e terciário). Possibilita a interação entre profissionais de saúde ou entre estes e seus pacientes, bem como o acesso remoto a recursos diagnósticos de apoio ou até mesmo terapêuticos.
Radiodifusão
A radiodifusão, segundo a legislação brasileira, compreende os serviços destinados a serem recebidos direta e livremente pelo público em geral e é dividida em radiodifusão sonora (rádio) e radiodifusão de sons e imagens (televisão).
O setor da radiodifusão via satélite está em um momento de alta demanda e oferece um interessante cenário para a inovação tecnológica, visando responder aos múltiplos desafios atuais e futuros, tais como a convergência de formatos e redes e as mudanças que já estão acontecendo nos serviços audiovisuais.
Televisão
A televisão por satélite é um serviço de radiodifusão provido por satélites geoestacionários que entregam a programação de televisão por meio da retransmissão de sinais. Tais sinais são recebidos por antenas parabólicas dos usuários finais, decodificados e direcionados às TV’s. Para realizar a transmissão é utilizado o sistema DTH (Direct-to-home). No Brasil e na América latina há diversas empresas que fornecem os serviços de televisão por satélite, atendendo a mais de cinco milhões de clientes.
SGDC
A construção do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC), decidida pelo Governo em 2011 para atender a demanda por comunicações estratégicas oficiais (civis e militares) e apoiar o Programa Nacional de Banda Larga (inclusão digital), é importante iniciativa estratégica e vem fortalecer em grande escala o nosso Programa Espacial, na nova fase de impulso tecnológico e da indústria.
O projeto do SGDC tem como objetivos o estabelecimento de uma empresa integradora de sistemas espaciais e melhor estruturação e organização da cadeia produtiva do setor espacial e o incremento da capacitação tecnológica da indústria nacional no segmento de satélites de telecomunicação e elevação do índice de participação nacional no desenvolvimento e fabricação do segundo satélite geoestacionário.
O projeto do SGDC, do qual participam o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), a Telebrás, o Ministério da Defesa (MD), a Agência Espacial Brasileira (AEB) e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), serve como modelo para a realização de outros projetos estratégicos, como o de um satélite radar de abertura sintética (SAR) e de um satélite meteorológico geoestacionário (GEOMET).