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CRIME ORGANIZADO
Líder do PCC é preso com a contribuição da ABIN
O líder da facção criminosa paulista Primeiro Comando da Capital (PCC), Odair Lopes Mazzi Junior, o Dezinho, foi preso na tarde desta terça-feira – 11 de julho, em um resort de luxo no litoral pernambucano. A operação foi realizada pela Polícia Civil de Pernambuco, em parceria com o Ministério Público de São Paulo (MPSP) e com a Agência Brasileira de Inteligência (ABIN). Odair ocupa uma das mais altas posições nos escalões da facção, sendo responsável por gerenciar a maior parte do tráfico de drogas do exterior para o Brasil. Ele também participava das ações de lavagem de dinheiro da facção.
A ABIN contribuiu para o sucesso da operação atuando como facilitadora entre o MPSP e a Diretoria de Inteligência da Polícia Civil de Pernambuco, instituições com que a Agência mantém parceria estratégica. O criminoso encontrava-se foragido desde 2020, após ser denunciado na Operação Sharks do MPSP. Ele integra os quadros do PCC há mais de 20 anos.
A Polícia Civil de Pernambuco monitorou as atividades do alvo a partir de informações compartilhadas pelo MPSP, que investiga e monitora o criminoso desde 2012. A ação contou com o apoio da ABIN, que colaborou com a articulação entre as instituições e com informações acerca da relevância do criminoso. Com Dezinho, foram apreendidos documento de identificação falsos, cartões de crédito e celulares.
Organograma lideranças do PCC - imagem do Ministério Público de São Paulo
As organizações criminosas representam uma das principais ameaças à segurança nacional e são acompanhadas em nível estratégico pela ABIN, que provê assessoramento a diferentes autoridades e instituições parceiras acerca dos riscos representados por esses grupos. A prisão do criminoso demonstra avanço na integração entre diferentes instituições dedicadas à proteção da sociedade. Como órgão central do Sistema Brasileiro de Inteligência (SISBIN), uma das principais missões institucionais da Agência é fomentar a produção e a integração entre as diferentes instituições que atuam na atividade de Inteligência.
O PCC, criado em 1993, é a maior organização criminosa do país, presente em todos os estados e com forte atuação internacional.