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SISBIN CENTRO-OESTE
Evento em Campo Grande/MS reuniu autoridades da Região Centro-Oeste para debater políticas diante das mudanças climáticas
Durante a abertura do Encontro do Sistema Brasileiro de Inteligência (Sisbin) no Centro-Oeste, o diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN), Luiz Fernando Corrêa, afirmou que a realização do evento é acertada e oportuna, uma vez que as ondas de calor neste ano no Brasil têm afetado dramaticamente a Região Centro-Oeste, que vive hoje situação de emergência em decorrência de incêndios no Pantanal. O encontro ocorreu nesta quinta-feira - 23 de novembro, em Campo Grande/MS, e encerrou o ciclo de debates sobre mudanças climáticas promovido pela ABIN nas cinco regiões do país.
“Foram quase 4 mil focos somente durante os primeiros 15 dias de novembro, número extremamente preocupante e que exigiu a mobilização conjunta dos governos federal e locais”, declarou Corrêa. O bioma Pantanal é um ativo econômico, ambiental e turístico relevante sobretudo para os estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.Segundo o diretor-geral, cabe ao Sisbin utilizar as ferramentas que possui para aprimorar o intercâmbio de experiências e de informações, para que, juntos, seus integrantes possam atuar na prevenção dos riscos e na mitigação de impactos decorrentes do fenômeno das mudanças climáticas.
O gestor explicou que os objetivos dos encontros regionais do Sisbin são estreitar relações com os estados e aproveitar as capacidades instaladas nos centros de pesquisa locais, universidades, bem como as iniciativas dos governos locais. A partir desses conhecimentos, busca-se levar aos decisores federais uma realidade mais ampla e abrangente possível sobre determinados temas específicos que estão dentro desse conceito de mudanças climáticas. “Nós só queremos colaborar. Nosso trabalho é facilitar a vida dos gestores públicos, sejam eles federais, estaduais ou municipais", disse.
O secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação de MS, Jaime Elias Verruck, disse que o propósito do encontro, junto com os estados, é buscar no Brasil inteiro, in loco, o que cada estado está fazendo para reduzir os impactos das mudanças climáticas. “Obviamente, os governos federal e estadual têm responsabilidade de instituir políticas muito claras e apoios diretos às instituições, para que estas possam efetivamente implementar mecanismos e adotar práticas mais sustentáveis", declarou.
A programação do evento incluiu ainda os seguintes palestrantes e temas: Felipe Luis Ody Spaniol, coordenador de Inteligência Comercial e Defesa de Interesses da Diretoria de Relações Internacionais da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) - “Impactos da legislação europeia no agronegócio brasileiro”; Ângelo Rabelo, presidente do Instituto Homem Pantaneiro (IHP) - “Ações de conservação e preservação do bioma Pantanal”; promotor de Justiça, Luciano Furtado Loubet - “Atuação do Ministério Público de Mato Grosso do Sul e seus reflexos nas mudanças climáticas e crise hídrica”; e Comandantes dos Corpos de Bombeiros de MS/MT/GO – “Combate às queimadas e incêndios florestais no Centro-Oeste”.
O grande desafio para os estados do Centro-Oeste, cujas economias são agroexportadoras, é compatibilizar a produção de grãos e proteínas com medidas de menor impacto ao meio ambiente e ao clima.
O encontro do Sisbin teve como tema “Políticas Públicas Regionais no Enfrentamento das Mudanças Climáticas” e contou com a participação de representantes do governo federal, governos estaduais, instituições de pesquisa e membros da sociedade civil do MS, MT, GO e DF.
Entre eles, Receita Federal do Brasil (RFB), Comando Militar do Oeste (CMO), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (IBAMA), Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) de MS, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
Pela ABIN, participaram os superintendentes da SEMS, David Bernardes de Assis; da SEMT, Luis Felipe Midon; e da SEGO, Renato José Marques.