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ABIN 25 anos
Conheça curiosidades sobre a atuação da ABIN no PAN 2007
Os Jogos Pan-Americanos, sediados pelo Brasil de 13 a 29 de julho de 2007, no Rio de Janeiro/RJ, funcionaram como uma etapa preparatória para que o país pudesse sediar posteriormente a Copa do Mundo e as Olimpíadas. A Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) foi responsável pela coordenação de toda a área de Inteligência, com o objetivo de atuar na prevenção de qualquer ato que pudesse prejudicar o evento ou ameaçar a segurança dos participantes.
Os trabalhos na ABIN de preparação para os Jogos Pan-Americanos tiveram início em 2005 e se desenrolaram também ao longo de 2006 e durante o primeiro semestre de 2007, com a capacitação de servidores em Gerenciamento de Crises em Grandes Eventos junto a serviços de Inteligência de países que já haviam sediado eventos desse porte.
A Agência inaugurou, no Pan 2007, o modelo de atuação em grandes eventos caracterizado pela instalação de centros de Inteligência. O Centro de Inteligência dos Jogos Pan-Americanos (CIJ), estabelecido no Rio, foi integrado por representantes de 25 órgãos públicos. A missão foi produzir conhecimentos de Inteligência para garantir a segurança do evento e das delegações esportivas.
Sob a coordenação da ABIN, o CIJ possibilitou o intercâmbio de informações e a tomada de decisão conjunta entre os órgãos das áreas de segurança e Inteligência. Ainda na preparação da Inteligência para o Pan 2007, foram realizados diversos eventos-teste. A mobilização simulada do CIJ permitiu avaliar a capacidade de articulação, comunicação e resposta dos órgãos a situações de crise. O planejamento contemplou análise de múltiplos cenários e de ameaças, com o objetivo de antecipar situações de emergência e antever soluções e protocolos a serem implementados em cada cenário crítico.
Os Jogos aconteceram no estádio do Engenho Novo, apelidado de Engenhão, mas as preocupações da Inteligência não se resumiam ao local das competições. Durante o Pan, o CIJ ocupava-se de problemas diversos relacionados à segurança, como atuação de grupos criminosos, lotação de praia, manifestações nas ruas, obstrução de trajetos, até a ação de cambistas e a ocorrência de problemas estruturais nos locais de evento.
A ABIN conduziu com excelência o funcionamento do CIJ. Além deste, havia também um centro menor, voltado para o relacionamento específico entre os órgãos de Inteligência dos países participantes do Pan 2007, também sob a coordenação da ABIN. Equipes operacionais da Agência trabalharam em apoio a outros órgãos envolvidos na segurança do evento. Toda a estrutura foi planejada para prover agilidade à tomada de decisões.
Alarme falso de bomba
Num dia de trabalho normal no CIJ, a equipe de plantão no momento observou pelas imagens da câmera externa que uma bolsa grande havia sido deixada no portão de entrada do centro. Especulou-se se não seria uma bomba e a polícia foi acionada. Um robô recolheu a bolsa, levou-a para o meio da rua, já isolada, e explodiu o artefato. Constatou-se que na bolsa só havia roupa.
Ao repassar filmagens anteriores, foi identificado o homem que havia largado a bolsa no portão. Imagens de segurança do CIJ e de locais próximos foram inspecionadas e constatou-se que o homem havia roubado a bolsa de uma pessoa em área pública nas proximidades do centro, retirado o que julgou de valor e livrou-se da bolsa em frente ao portão do CIJ, muito provavelmente sem imaginar que ali fosse o Centro de Inteligência dos Jogos Pan-Americanos.