Histórico
O início do projeto de preservação da memória institucional que deu origem ao Musint remonta ao ano de 1990, com a criação do grupo de trabalho de implantação do Memorial da Inteligência (Portaria n. 31 de 18 de junho de 1990), responsável pela triagem, organização e conservação do acervo documental da antiga Escola Nacional de Inteligência (EsNI), fundada em 1971, na estrutura do antigo Serviço Nacional de Informações (SNI).
Fruto desse trabalho de pesquisa documental, em 1994, foi criado o Memorial de inteligência, o Memorin, com a missão expressa de "preservar para a posteridade os documentos de valor histórico relativos à atividade de inteligência no Brasil, visando a oferecer ao pesquisador a possibilidade de reconstituir os fatos a partir de fontes autênticas". O trabalho de pesquisa documental continuou por diversos anos, com acréscimo e reorganização do corpus histórico.
Alguns anos após a criação da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) e do Sistema Brasileiro de Inteligência (Sisbin), em 1999 - quando o projeto de reestruturação e modernização da Atividade de Inteligência federal já começava a se consolidar - surgiu a necessidade de repensar a exposição do acervo do Memorin, com o objetivo de abrir suas portas para a sociedade civil e, com isso, ampliar a transparência da atividade de Inteligência. Para isso, foi realizado um novo estudo, elaborado por empresa especializada em museologia em conjunto com uma comissão da ABIN.
O novo projeto, inovador e ambicioso para a época, não tratava apenas de reformar um espaço criado na década de 1990 para abrigar o acervo e homenagear a memória institucional do antigo SNI, mas sobretudo de elaborar uma nova narrativa de memória institucional mais adequada a uma sociedade em rápida transformação cultural e cada vez mais exigente em termos de participação, transparência e controle social de suas instituições democráticas, isto é, transpor a memória da Inteligência para "fora das cercas" da instituição.
Placa do Memorial de Informações – 1991
Placa do Memorial de Inteligência - 1998
Inauguração
Finalmente, em 7 de dezembro de 2006, surgiu o atual Museu da Inteligência com o escopo de "ultrapassar a fronteira institucional e abrir a possibilidade de uma ação mais interativa com o público". Criou-se, assim, um museu temático.
Atualmente o Museu da Inteligência passa pro revisão da sua narrativa expográfica, bem como dos processos técnicos museais.
Os então subchefe-executivo do GSI/PR (general Wellington Fonseca) e diretor-geral da ABIN (Márcio Paulo Buzanelli), na inauguração do Museu da Inteligência, em 2006
Desde então, o Museu da Inteligência tem ampliado seu acervo (a maior parte dele catalogada) e participado ativamente dos esforços institucionais de divulgação e valorização da imagem da ABIN junto ao público.