Notícias
Jogo Limpo
Em live, secretária nacional da ABCD e presidente da CBAt discutem o papel do Jogo Limpo no atletismo nacional
A live promovida pela Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem desta quarta-feira (06.10) contou com a participação do presidente da Confederação Brasileira de Atletismo, Wlamir Motta Campos. Dentre os temas abordados, destaque para as ações da ABCD em parceria com a CBAt para incorporar a educação antidopagem como parte da carreira dos atletas desde a formação na base.
Pela confederação, as competições são realizadas nas categorias Sub-16, Sub-18, Sub-20, Sub-23 e adulta. Segundo Wlamir, o principal foco do atletismo brasileiro hoje diz respeito aos atletas mais jovens. E esse trabalho inclui a importância dos valores referentes ao Jogo Limpo.
“A nossa preocupação maior hoje é com a base. Temos os olhos voltados sempre para os Jogos Olímpicos, precisamos de ídolos, de medalhas olímpicas, mas pensamos que o atletismo é uma ferramenta importantíssima de inclusão e transformação social. E é com base nisso que nós encaixamos a política antidopagem”, ressaltou Wlamir Campos.
A secretária nacional da ABCD, entidade que integra a estrutura da Secretaria Especial do Esporte do Ministério da Cidadania, comemorou o fato de as Estações Jogo Limpo terem voltado aos palcos das competições de atletismo pelo país. No início deste mês, a Autoridade levou uma dessas estações a Cascavel (PR), durante a realização do Campeonato Brasileiro Sub-16 de Atletismo, em uma parceria realizada com a CBAt.
“Estávamos ansiosos por fazer ações presenciais, depois de dois anos atuando virtualmente, o que também foi positivo. Nós conseguimos um alcance muito bom com esses recursos tecnológicos. Nós não paramos as atividades, felizmente, mas o trabalho presencial faz toda a diferença, principalmente em relação aos jovens”, frisou Luisa Parente.
As Estações Jogo Limpo são montadas em eventos ligados ao esporte, em escolas e outros locais para ampliar o acesso à educação e informações antidopagem. Nela, são realizadas palestras, explicações sobre controle de dopagem e distribuição de material informativo. O estande da ABCD é classificado como padrão ouro pelo Programa de Educação da Agência Mundial Antidopagem (Wada, na sigla em inglês).
“O atletismo é um esporte guarda-chuva, que abrange muitas modalidades e muitos praticantes. O plano de educação da ABCD envolve essas confederações de grande porte, que já se mostraram bastante profissionalizadas e que têm condições de serem exemplo na educação antidopagem”, prosseguiu Luisa.
A secretária destacou também que a CBAt é uma das pioneiras no Programa de Adesão ao Jogo Limpo, um compartilhamento de informações qualificadas pelas redes sociais, que inclui os boletins produzidos pela ABCD com a atualização das ações antidopagem.
Corridas de rua
Wlamir Campos lembrou que a atual administração assumiu a CBAt há apenas seis meses, mas que neste tempo já foi responsável por uma mudança importante em relação às corridas de rua. Na primeira reunião do Conselho de Administração da nova gestão, foi apresentada uma proposta para enfrentar a dopagem nesta que é uma das modalidades mais populares do Brasil.
A CBAt aprovou a alteração no regulamento das corridas de rua e a mudança determina que em todas as competições chanceladas pela confederação o atleta tem que declarar que não está suspenso por nenhuma entidade.
Segundo Wlamir, o que acontecia era que atletas punidos em outras modalidades, como triatlo, natação e ciclismo, por exemplo, migravam para as corridas de rua para tentar levar vantagem. “A partir de maio deste ano, todos os corredores de rua do Brasil têm que assinar um termo de que não estão cumprindo nenhuma sanção. Isso mostra a seriedade e a importância deste tema para a CBAt”, afirmou o presidente da confederação.
“A antidopagem não é só a testagem e o controle. Às vezes decisões como essa, a mudança de uma simples cláusula no regulamento, pode fazer toda a diferença”, reforçou Luisa Parente.
Wlamir ainda falou sobre a importância do exemplo dos ídolos brasileiros junto aos mais jovens no atletismo e fez uma análise da participação da modalidade nos Jogos Olímpicos de Tóquio.
No Japão, o Brasil conquistou duas medalhas no atletismo: bronze no salto com vara com Thiago Braz (que foi ouro no Rio 2016 com recorde olímpico que até hoje se mantém), e bronze com Alison dos Santos, nos 400m com barreiras.
Diretoria de Comunicação – Ministério da Cidadania