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Com convidados internacionais, 3º Seminário Brasileiro Antidopagem tem início no Dia Olímpico
A abertura do 3º Seminário Brasileiro Antidopagem foi marcada pela participação dos convidados internacionais da Agência Mundial Antidopagem (AMA-WADA) e da Autoridade Antidopagem de Portugal (ADoP), além de representantes de comitês, confederações e comissões nacionais. Voltado para a gestão antidopagem, o primeiro dia do evento virtual contou com palestras e uma mesa redonda ao final com todos os presentes, que também responderam às perguntas do público.
Na abertura dos trabalhos, o secretário especial adjunto do Esporte do Ministério da Cidadania, André Alves, ressaltou a importância das relações estreitas com os parceiros do sistema antidopagem. “A gente vem buscando cada vez mais trabalhar a educação antidopagem e temos tido uma relação próxima com todas as entidades, buscando uma melhora conjunta”.
A secretária nacional da ABCD, Luisa Parente, lembrou que o seminário foi marcado para ter início no Dia Olímpico, data em que se celebra os valores do esporte. “A antidopagem é um dos pilares de fundação do esporte. Sem essa base sólida, o esporte perde credibilidade, conformidade e seu valor. O que é a antidopagem senão ética esportiva? O que é a ética esportiva senão tomar a decisão certa? E o que é tomar a decisão certa senão o jogar limpo? Se a antidopagem é a fundação do esporte, não há esporte sem Jogo Limpo. Logo, a antidopagem é parte integrante de qualquer planejamento e gestão esportiva”.
Cooperação e educação foram os temas centrais das palestras. O diretor executivo da ADoP, António Nunes, destacou a importância da formação de uma rede para o combate à dopagem no esporte e a parceria com a ABCD neste sentido. “As redes vão sendo criadas entre países e forçam a cooperação e o combate à dopagem. Naturalmente como países irmãos, Brasil e Portugal têm uma proximidade grande, mas poderia não ser proporcional à cooperação que existe, que é muito grande entre a ADoP e a ABCD. Tanto no controle de dopagem de atletas brasileiros em Portugal, quanto de portugueses no Brasil”, apontou António Nunes.
Nos últimos meses, Brasil e Portugal realizaram várias iniciativas em conjunto também na formação antidopagem dos atletas, pessoal de apoio e comissões técnicas que representarão os dois países nos Jogos de Tóquio. António Nunes revelou que a ADoP envia as amostras para um laboratório em São Paulo e ressaltou ainda a formação da rede lusófona antidopagem. “São mais de 250 milhões de falantes da Língua Portuguesa. Será mais uma rede importante para a nossa comunidade e com isso quem ganha é o desporto, os atletas e nossos países”, completou.
Outro pilar da promoção do Jogo Limpo, a educação foi o ponto central da palestra da diretora regional para a América Latina da AMA-WADA, Maria José Pesce. “A educação, a sensibilização são muito importantes para nós. O primeiro contato do atleta tem que ser com a educação e não com um controle de dopagem sem saber nada sobre ele. Nós trabalhamos muito com a ABCD e outras Organizações Nacionais Antidopagem na América Latina e a ABCD tem um programa educacional muito forte”, elogiou.
Em seguida, o gerente da AMA-WADA, Federico Perroni, explicou a responsabilidade dos países signatários na proteção do Jogo Limpo. “O papel da WADA é fomentar o diálogo e a comunicação com os signatários para atingir os objetivos de constante melhoria na implementação dos programas antidopagem, além da assistência e suporte em situações de não conformidade”.
Em 2021, a ABCD lançou um novo Plano de Educação, que prevê entre suas metas o estreitamento com os parceiros do desporto nacional. Neste sentido, o Dr. Hésojy, do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), o Dr. Christian Trajano, do Comitê Olímpico do Brasil (COB), o Dr. Fernando Solera, da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Avellar, do Comitê Brasileiro de Clubes (CBC) e o presidente da Comissão Desportiva Militar do Brasil (CDMB), Major Brigadeiro José Isaías Augusto, detalharam as ações de cada entidade no combate à dopagem no esporte.
Nesta quinta-feira (24.06), o 3º Seminário Brasileiro Antidopagem terá como tema: “Considerações Técnicas e Científicas sobre a Antidopagem”, voltada para atletas, pessoal de apoio e comunidade esportiva em geral. As palestras contarão com representantes da ABCD, da Comissão de Autorização de Uso Terapêutico (CAUT), da Comissão Nacional de Atletas (CNA), do Laboratório Brasileiro de Controle de Dopagem (LBCD).
Além disso, o endocrinologista Ricardo Oliveira falará dos riscos da prescrição e uso de suplementos, um tema prioritário para a Gestão de Resultados da ABCD e da Justiça Desportiva Antidopagem (JAD), uma vez que tem sido recorrente casos de violação de regra decorrente do uso indiscriminado e arriscado especialmente de suplementos manipulados.
Diretoria de Comunicação – Ministério da Cidadania