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Brasil participa de eventos internacionais sobre políticas e educação antidopagem
Apolítica antidopagem é parte essencial do sucesso esportivo de um país. No Brasil, a defesa pelo Jogo Limpo é um dos principais legados dos Jogos Rio 2016, que persiste enquanto ação do Estado, e continua se aprimorando em níveis internacionais. Prova disso, é a participação de uma comitiva do Ministério do Esporte, de 14 a 15 de março, no Simpósio Anual da Agência Mundial Antidopagem (AMA/WADA), em Lausanne, na Suíça.
Entre os assuntos que abordados no encontro, em sessões plenárias, debates e seminários, destaque para: educação antidopagem; inteligência na aplicação de testes; evidências de dados de testagem; qualidade dos testes e; vinculação entre integridade, saúde dos atletas e direitos humanos.
O Brasil está representado no Simpósio pela secretária executiva do Ministério do Esporte, Juliana Agatte, pela presidente da Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD), Adriana Taboza, pelo coordenador-Geral Técnico da ABCD, Anthony Moreira, e pelo diretor do Laboratório Brasileiro de Controle de Dopagem (LBCD), Henrique Pereira.
O evento também é uma oportunidade para representantes de governos e federações internacionais realizarem encontros bilaterais para colaboração, trocas de informações e experiências.
América Latina
Buenos Aires sediou dois importantes eventos do calendário da antidopagem internacional. Entre 27 e 28 fevereiro, a Rede Ibero-americana de Luta contra a Dopagem (RILD) realizou workshops, assembleias e discussões sobre informações de natureza técnica, científica relacionadas à antidopagem e também para tratar sobre assuntos inerentes à instituição e aos países membros.
Segundo a presidente da ABCD, Adriana Taboza, o tema principal dos painéis de discussão foi a participação das mulheres na gestão do esporte e dos processos antidopagem, além do papel da mulher enquanto profissional e atleta. “Tivemos a oportunidade de conhecer um pouco dessas narrativas, foi interessante a gente conhecer a composição das Organizações Nacionais Antidopagem (ONADs) pelo mundo”, disse.
Em comparação aos outros países, a realidade brasileira é um pouco diferente da mundial, mas de uma maneira positiva. “Hoje a ABCD, assim como o Ministério do Esporte, tem uma composição bastante privilegiada, por sermos na maioria mulheres. Na antidopagem mundial há algum equilíbrio, mas obviamente que os nomes principais, como os presidentes e diretores das organizações ainda são majoritariamente homens. Esse cenário vem mudando, principalmente nos cargos técnicos”, prosseguiu a presidente.
A RILD tem como objetivo consolidar uma rede de Organizações Nacionais Antidopagem (ONADs), da qual a ABCD é o exemplo brasileiro, de excelência técnica e regulatória na prevenção e combate à dopagem nos países ibero-americanos. A ideia é a cooperação para o aumento da qualidade e eficiência operacional dos associados.
Já nos dias 1 e 2 de março, foi realizado o III Seminário Latino-americano de Educação Antidopagem, organizado pela Agência Mundial Antidopagem. O evento foi direcionado aos profissionais das ONADs que trabalham diretamente com a educação antidopagem, com o objetivo de aperfeiçoar os Planos de Educação de cada Organização de acordo com as disposições do Código Mundial Antidopagem e do Padrão Internacional de Educação.
A ABCD também esteve representada pela presidente da ABCD e pela servidora Cristiane Vera, que destacou as ações da Autoridade Brasileira para criar oportunidades de aprendizagem para o maior público possível, em busca do marco zero de dopagem no país. “Nosso trabalho é tornar o Programa de Educação amplamente adotado pela Rede Brasileira Antidopagem e reconhecido internacionalmente como exemplo de boa prática”, pontuou.
Na oportunidade, a ABCD ainda participou de uma reunião bilateral com a AMA/WADA para tratar de temas como: Cooperação com outras ONADs; proposta para o Brasil recepcionar a reunião do Comitê Executivo da AMA/WADA e Seminário Legal Antidopagem.
LBCD
O Laboratório Brasileiro de Controle de Dopagem, único credenciado pela AMA/WADA na América do Sul, ganhou mais relevância: o diretor do LBCD, Henrique Pereira, foi designado presidente da World Association of Anti-doping Scientist e membro do Laboratory Expert Advisory Group da AMA/WADA.
“Ampliar o volume de testagem significa, ao mesmo tempo, reconhecimento pela qualidade dos testes realizados no Brasil e, possibilidade de aprimoramento permanente dos procedimentos adotados”, analisou Adriana Taboza.
Em fevereiro, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e a ministra do Esporte, Ana Moser, receberam o presidente da AMA/WADA, Witold Banka, o diretor-geral, Olivier Niggli, e a diretora regional da América Latina, Maria José Pesce. No encontro, foi discutida a estrutura do LBCD, com o objetivo de torná-lo ainda mais uma referência na região.
“É constante a busca do Governo Federal para encontrar mecanismos para a sustentabilidade do Sistema Brasileiro Antidopagem, com a atualização dos equipamentos e estrutura laboratoriais, essenciais à manutenção da qualidade e perenização do Jogo Limpo no Brasil”, concluiu a presidente da ABCD.
Assessoria de Comunicação - MESP