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ABCD abre para consulta pública o novo Código Brasileiro Antidopagem
Paralelamente ao novo Código Mundial Antidopagem, elaborado pela Agência Mundial Antidopagem (Wada, na sigla em inglês) e que entrará em vigor em janeiro de 2021, o Brasil também contará com um novo código na promoção do jogo limpo a partir do ano que vem. E essa regulamentação poderá receber sugestões da comunidade esportiva.
A Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD) disponibilizou, por meio de formulário on-line, uma consulta pública para quem quiser fazer contribuições ao novo Código Brasileiro Antidopagem (CBA). “Essa participação da consulta pública é um ajuste final de pessoas que tenham contribuição a fazer. As grandes mudanças já estão contidas ali porque o Código Mundial Antidopagem já foi traduzido pela ABCD e estudado por todo o Sistema Brasileiro Antidopagem”, explica a secretária nacional da ABCD, Luisa Parente.
Para isso, a educação foi colocada em uma posição especial no próprio documento. “A gente inicia o código com essa parte da educação, justamente como demonstração de que tem que vir primeiro a educação para depois vir a repressão a eventuais violações. A gente simbolicamente inicia o código com a educação para depois tratar das violações”, completa Tatiana Nunes, presidente do Tribunal de Justiça Desportiva Antidopagem (TJD-AD) e advogada da União (AGU).
“O novo código vem para consolidar várias práticas que a gente já tinha, questões que, com o passar do tempo, a gente verificou que era necessário passar a constar em um código”, afirma Tatiana.“A gente passa a incluir procedimentos, questões relacionadas a incompatibilidades, impedimentos e conflitos de interesse dos membros da Justiça Desportiva Antidopagem, e toda a questão da organização dessa Justiça. Acho que o que vem de interessante nesse novo código é que ele sistematiza o Sistema Brasileiro Antidopagem como um todo, o que o código anterior fazia só em relação a parcela dele”, acrescenta.
Processo democrático
A preparação do novo CBA contou com a participação de várias frentes de trabalho. “O novo código foi elaborado a várias mãos. Teve a participação da ABCD e dos dois órgãos que compõem a Justiça Desportiva Antidopagem, o Tribunal e a Procuradoria”, explica Tatiana Nunes.
Segundo ela, disponibilizar o novo texto para consulta pública será fundamental. “Acho que dá uma legitimidade que é extremamente importante e essencial em um código como esse. Nós temos vários atores que atuam nesse sistema, e a consulta pública permite legitimar o código que vai sair para que todos os interessados possam dar a sua contribuição. Acho isso democrático, essencial e não tinha como ser diferente, a meu ver”, opina.
Ana Cláudia Felizola – Diretoria de Comunicação – Ministério da Cidadania