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Jogo Limpo
3º Seminário Brasileiro Antidopagem tem balanço positivo
O 3º Seminário Brasileiro Antidopagem foi encerrado com uma programação especial voltada para os profissionais de imprensa e da área jurídica que lidam com o tema. Após três dias de debates, o evento que foi feito de forma virtual devido às restrições causadas pela pandemia do novo coronavírus, teve um balanço positivo na avaliação da secretária nacional da Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD).
“Eu penso que o seminário atingiu plenamente seus objetivos. Pessoalmente, fiquei muito satisfeita, pois foi uma ação educacional que demonstrou a integração dos interessados e envolvidos no Sistema Antidopagem Brasileiro e integração é um dos pilares dessa gestão. Além disso, o conteúdo produzido é perene, uma vez que está no canal oficial e pode ser acessado ao longo do tempo. Gostaria de parabenizar a nossa equipe da ABCD e a todos os apoiadores do Jogo Limpo”, destacou Luisa Parente.
Nesta edição, o evento teve um formato híbrido, com palestras, mesa redonda e painéis temáticos com público-alvo diversificado, incluindo atletas, pessoal de apoio, comissões técnica e médica, cientistas, jornalistas, dirigentes esportivos, profissionais da área jurídica, dentre outros envolvidos na defesa do Jogo Limpo.
O encerramento do 3º Seminário Brasileiro Antidopagem teve como tema: “Comunicação Antidopagem Assertiva e Responsável”. O procurador-geral do Tribunal de Justiça Desportiva Antidopagem (TJD-AD) explicou o arcabouço jurídico que envolve os processos, ressaltando que há sigilo das informações até a etapa de notificação do atleta, federação nacional e internacional e autoridades antidopagem.
“Nesse período até o atleta receber a punição, o sigilo tem que ser preservado, mas às vezes temos vazamentos que saem na imprensa”, afirmou Caio Medauar. “Na fase de revisão, o atleta pode sofrer suspensão preventiva, isso pode ser divulgado, pois as entidades esportivas têm que saber que o atleta não poder atuar”, completou o procurador-geral.
O jornalista Luiz Felipe Prota mostrou como é o processo de apuração das informações e produção da notícia, ressaltando o trabalho investigativo e os procedimentos éticos que a equipe de reportagem deve seguir. “A apuração não se limita a vazar informações fornecidas pela fonte. Ela não deve se basear somente na denúncia. É indispensável uma sólida pesquisa e senso crítico da equipe. Essa fonte tem acesso à informação ou posse dela? A informação é fundamental para a reportagem? É uma opinião? Está de acordo com os fatos?”, refletiu.
Buscar o contraditório, ou seja, ouvir todos os lados da história, e testar a hipótese, foram outros cuidados apontados pelo jornalista para que a notícia não seja publicada com informações equivocadas e dessa forma prejudicar a imagem e carreira de um atleta que pode ser inocente. Mas, Luiz Felipe Prota ressalta a importância do trabalho da imprensa que serve para alertar os desportistas sobre os riscos da dopagem: “A dopagem traz prejuízos financeiros e à saúde, impacta a relação do atleta com o esporte que se baseia em princípios fundamentais da Carta Olímpica, como esforço próprio, bom exemplo, ética e fair play. Manipulação de resultados, corrupção e dopagem vêm acabar com esse ambiente”, enumerou.
Após as palestras, a programação reservou um painel técnico em que os convidados debateram sobre casos concretos apresentados pelo diretor técnico da ABCD, Anthony Moreira, e que contou com as participações dos jornalistas Erich Beting, Manoela Penna (COB), Luiz Roberto Magalhães (Ministério da Cidadania), além do Dr. Thomaz Paiva do Instituto Brasileiro de Direito Desportivo (IBDD) e da Dra. Tatiana Nunes, presidente do Tribunal de Justiça Desportiva Antidopagem.
Diretoria de Comunicação – Ministério da Cidadania