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Teresita Mbang: uma jornada de diplomacia e aprendizado no Brasil
A fluência no português foi construída ao longo de sua estadia no Brasil. Ela conta que o idioma foi apenas uma das muitas habilidades adquiridas no curso. "Eu não conhecia o Instituto Rio Branco", admite. "Sempre tive mais contato com a Espanha e suas instituições. Mas, quando surgiu a oportunidade, me candidatei, e por trabalhar com temas da CPLP, acabei sendo selecionada."
Na chegada ao Brasil, Teresita se viu ao lado de outros sete estudantes estrangeiros, além dos colegas brasileiros, todos em formação para a carreira diplomática. "É uma das melhores escolas de diplomacia do mundo", declara com convicção. "Os colegas, os professores, o acolhimento... tudo foi incrível."
Mas mais do que acolhida, a guinéu-equatoriana encontrou uma fonte de aprendizado sobre diplomacia. Para ela, o IRBr, antes desconhecido, agora merece nota máxima. “A grade de aulas é incrível e as atividades extras foram fundamentais para minha formação. A viagem de estudos para a Amazônia foi um ponto alto, sem dúvida”, relembra. “Eu não tinha compreendido completamente o papel do diplomata nas questões ambientais até estar lá. Ver de perto a proteção e preservação da Amazônia me fez entender a dimensão crucial que a diplomacia tem nesse campo.”
Ao ser perguntada sobre o que levará do Brasil, Teresita sorri novamente, dessa vez, o sorriso carrega um ar nostálgico. "Vou lembrar das pessoas, da cultura, do samba, do forró. A gastronomia me conquistou, amei a feijoada e estou até aprendendo a fazer”, brinca. “Quando penso no Brasil, penso no Instituto Rio Branco e em todos os amigos que fiz aqui, que vão ficar para sempre na minha memória. ”
Para o futuro, Teresita tem planos claros. Ao retornar à Guiné Equatorial, ela pretende apresentar um relatório aos seus superiores e preparar uma aula para compartilhar as lições que absorveu no Brasil. "Quero transmitir tudo que aprendi aqui", afirma, certa de que sua jornada diplomática está apenas começando.
Além de Teresita, outros sete estrangeiros foram selecionados para estudar no Brasil. A turma de colegas incluiu, além dos estudantes brasileiros, diplomatas da Guiné Equatorial e de outras seis nações: Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Equador, Moçambique e São Tomé e Príncipe.
A oferta de vagas para estrangeiros no Curso de Formação de Diplomatas é possível por meio da cooperação internacional do Brasil com diversos países parceiros, com apoio da Agência Brasileira de Cooperação. Desde 1976, 298 estudantes estrangeiros já foram formados no Instituto Rio Branco.