Notícias
Técnicas brasileiras revelam maior produtividade de algodão no Zimbábue
O projeto de cooperação Sul-Sul "Fortalecimento do Setor Algodoeiro do Zimbábue" realizou, entre 29 de junho e 13 de julho últimos, dias de campo com visitas a Unidades Técnicas Demonstrativas (UTDs) no Zimbábue. Participaram representantes da Agência Brasileira de Cooperação (ABC), do Ministério das Relações Exteriores (MRE), instituição que coordena o projeto, acompanhados de especialistas da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (EMATER-MG) e da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG).
No distrito de Gokwe, cerca de 150 pessoas, entre pesquisadores, consultores técnicos e agricultores, participaram de demonstrações realizadas pelos técnicos brasileiros e zimbabuanos. Os representantes da EMATER-MG realizaram palestras sobre sistemas de produção de culturas consorciadas, enquanto os pesquisadores da EPAMIG compartilharam informações sobre demandas nutricionais do algodão e os benefícios da irrigação para a cultura algodoeira.
Os técnicos zimbabuanos, por sua vez, mostraram as diferenças existentes entre o protocolo sobre sistemas de plantio elaborados pelos especialistas brasileiros e o adotado pelos agricultores no Zimbábue. Apresentaram, igualmente, os resultados de produtividade para as áreas plantadas, ressaltando que, nas UTDs das cidades de Kadoma e de Gokwe, os resultados de maior produtividade foram percebidos nos plantios realizados de acordo com as metodologias do protocolo brasileiro.
Em Kadoma, com público de cerca de 90 pessoas, composto por pesquisadores, consultores técnicos e produtores de algodão, o dia de campo ocorreu na UTD ali instalada. Verificou-se que, assim como na UTD de Gokwe, na de Kadoma, foi mais elevada a produtividade na área plantada de acordo com os parâmetros observados no Brasil.
Zâmbia
Representantes do Ministério da Agricultura da Zâmbia, do Cotton Development Trust e do Cotton Board of Zambia foram convidados a compor a delegação, uma vez que está sendo negociado projeto entre Brasil e Zâmbia, acerca do fortalecimento do setor algodoeiro.
A analista de projetos da ABC, Melissa Scheidemantel, ressaltou aos representantes zambianos a relevância das UTDs para o projeto de desenvolvimento do setor cotonicultor do Zimbábue. Lembrou a importância da troca de experiências in loco com os zambianos, a fim de subsidiar a elaboração do futuro projeto: “Dadas as semelhanças, em termos de condições climáticas e morfológicas entre a Zâmbia e o Zimbábue, a experiência zimbabuana poderia contribuir para a construção dos objetivos, resultados, produtos e atividades da futura iniciativa na Zâmbia”.