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Suriname erradica malária com apoio da cooperação brasileira
No caso do Suriname, o resultado tem relação direta com o trabalho realizado em parceria com o Brasil na área de saúde, por meio da cooperação técnica Sul-Sul coordenada pela Agência Brasileira de Cooperação (ABC) do Ministério das Relações Exteriores (MRE).
Apesar de rodeado por países que lutam contra elevadas taxas de malária, as estratégias bem-sucedidas do Suriname eliminaram a transmissão local da doença de forma eficaz. Cabe lembrar que, há apenas vinte anos, o Suriname registrava dezenas de milhares de casos de malária transmitida localmente. No entanto, o país conseguiu reduzir esse número a zero.
Embora a doença ainda possa entrar no país por intermédio de viajantes, especialmente oriundos de países vizinhos como a Guiana, o Brasil e a Guiana Francesa, a população local está protegida da transmissão dentro das fronteiras do Suriname.
Histórico
A cooperação técnica Brasil-Suriname, coordenada pela ABC e em parceria com o Ministério da Saúde do Brasil (MS), trabalhou entre os anos de 2016 e 2019 em três projetos cujos temas tinham como foco as doenças transmitidas por vetores: combate à leishmaniose, à doença de Chagas, e erradicação da malária.
Ao todo, as iniciativas foram responsáveis pela capacitação de 28 especialistas surinameses. Foram doados 500 “kits” de tratamento contra a leishmaniose e 7.500 medicamentos antimaláricos. Além disso, o Programa de Malária do Suriname foi fortalecido e recebeu o mesmo prêmio outorgado à OPAS em 2018.
Essas iniciativas estabeleceram sólida comunicação interinstitucional com o escritório de saúde pública do Suriname, com vistas ao controle e à prevenção junto a populações migratórias. Os projetos fortaleceram a capacidade do Laboratório Central do país de combater o conjunto de doenças, por meio de treinamento em campo e em laboratórios, com vistas à identificação, captura e triagem dos vetores da doença.
Em 2022, também em parceria com o Ministério da Saúde, foi firmado o projeto "Fortalecimento da vigilância em saúde das doenças de transmissão vetorial: malária, chagas e leishmaniose”. Essa parceria teve por objetivo contribuir para a prevenção e o controle dessas doenças, reduzindo sua incidência e fortalecendo a capacidade do Suriname de realizar diagnóstico, tratamento, pesquisa e controle dos respectivos vetores.