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Shire-Zambeze: inspeção na produção de sementes de algodão garante padrões para certificação
Quinze produtores moçambicanos que participam do “Projeto Regional de Fortalecimento do Setor Algodoeiro nas Bacias do Baixo Shire e Zambeze” receberam visita de uma equipe técnica local do projeto. O objetivo era verificar o cumprimento de todos os procedimentos relativos às normas técnicas da produção de sementes para que o algodão esteja nos padrões de certificação exigidos pelas autoridades moçambicanas.
A equipe foi constituída por Alexandre Pelembe, agrônomo e coordenador técnico local contratado pelo Projeto Shire-Zambeze; pelo Delegado provincial de Manica, vinculado ao Instituto do Algodão e Oleaginosas de Moçambique (IAOM), Edson Tanga; e pelos profissionais do Centro de Transferência de Tecnologia do Algodão (CRETTA), o gestor Adriano Barros e o técnico Dilson Brito, do Centro. Participou, também, Manuel Bacicolo, inspetor do Laboratório Regional de Sementes do Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural de Moçambique.
O grupo visitou os produtores nos distritos de Guro, Bárue, Moatize, Cahora Bassa e Mágoe. A produção abrange uma área de 30 hectares, espalhadas nesses distritos.
Alexandre Pelembe considera que a missão é mais uma etapa para a produção de sementes de qualidade: “Ter um inspetor nos campos é importante para que ele testemunhe o cumprimento das normas técnicas da produção de sementes”, disse. “A presença desse profissional permite um embasamento legal e confiança dos consumidores finais na semente produzida aqui” , completou.
Já Manuel Bacicolo diz que o trabalho executado por ele no campo é o de garantir a qualidade da semente e reforçar as orientações técnicas seguidas pelo CRETTA sobre toda a cadeia de produção de sementes, desde a sementeira até o beneficiamento. “A produção de sementes é um trabalho muito delicado e exige seriedade por parte do produtor”, disse. “Com a inspeção de sementes pretende-se garantir que o consumidor final tenha uma semente de qualidade” , reforçou.
O projeto
O projeto Shire-Zambeze é coordenado pela Agência Brasileira de Cooperação (ABC), do Ministério das Relações Exteriores (MRE) , e é executado tecnicamente pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA) , em parceria com o Instituto do Algodão e Oleaginosas de Moçambique (IAOM), Estação de Pesquisas Agrícolas de Makoka (localizada no Malawi) e com o apoio do I nstituto Brasileiro do Algodão (IBA) e do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). O projeto apoia a produção de sementes certificadas em regiões de Moçambique e do Malawi e tem contribuído para a retomada de produção da fibra natural nos dois países africanos.