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Seminário “A Cooperação Sul-Sul e o desafio de sua avaliação na Ibero-América” é realizado em Brasília
Foi aberto hoje, em Brasília, o Seminário “A Cooperação Sul-Sul e o desafio de sua avaliação na Ibero-América”. O evento é promovido pelo Programa Iberoamericano para o Fortalecimento da Cooperação Sul-Sul (PFICSS), da Secretaria-geral Iberoamericana (SEGIB) , com o apoio da Agência Brasileira de Cooperação (ABC).
O objetivo do seminário é criar um espaço para interação entre os técnicos das instituições de cooperação de países latino-americanos, Espanha e Portugal e acadêmicos dedicados às tarefas de avaliação e medição do impacto de projetos de cooperação técnica, por meio de compartilhamento de experiências e discussão de abordagens, estratégias, metodologias e resultados de avaliação que permitam melhorar os programas de Cooperação Sul-Sul.
Participaram da mesa de abertura o Diretor da ABC, Embaixador Ruy Pereira, o Diretor Sub-regional da Secretaria Geral Iberoamericana (SEGIB) , Alejo Ramirez, a Coordenadora de Cooperação Sul-Sul da SEGIB, Cristina Xalma, o Gerente da Unidade Técnica do Programa Iberoamericano para o Fortalecimento da Cooperação Sul-Sul (PFICSS) , Daniel Castillo, e Andrea Fornazani, da Argentina. A Argentina preside o Programa Iberoameriano.
O diretor da ABC Ruy Pereira destacou, no seu discurso de abertura, que a preocupação com resultados concretos está cada vez mais presente na elaboração de políticas públicas no Brasil.
Lembrou também que a participação de mais atores, inclusive não estatais, nas iniciativas de cooperação iniciativas de cooperação é, ao mesmo tempo, um aspecto positivo e desafiador. “O que nos obriga a um exercício de reeducação institucional na medida em que temos que abrir espaço e diálogo com esses novos atores” .
Diálogo, entendimento e consenso. Segundo o Diretor Sub-regional da SEGIB, Alejo Ramirez, esses são pontos principais na plataforma ibero-americana. “Trabalhamos em um espaço de consenso. Não há nenhuma decisão que possa ser tomada no âmbito da SEGIB se os 22 países não estão de acordo” .
PABA+40
Ramirez salientou também que a Segunda conferência de alto nível das Nações Unidas sobre a Cooperação Sul-Sul (PABA+40) , ocorrida em março deste ano na Argentina, significou o fortalecimento da SEGIB na perspectiva global. “O evento nos permitiu desfrutar de um papel onde se viu a fortaleza da Iberoamerica em nível regional e global não só durante a conferência, mas também nos eventos paralelos” , comemorou
Foi em decorrência da Conferência PABA+40, que ficou demonstrada a necessidade de se avançar na elaboração de sistemas para avaliar a qualidade e os efeitos dos programas de Cooperação Sul-Sul e Cooperação Trilateral. Igualmente, o de melhorar a coleta de dados a nível nacional, com o objetivo de promover a cooperação na elaboração de metodologias e estatísticas.
Peculiaridades
Países membros do Programa Iberoamericano para o Fortalecimento da Cooperação Sul-Sul (PFICSS) vêm construindo metodologias que permitam apreciar qualitativa e quantitativamente a Cooperação Sul-Sul, uma vez que não é possível abordar a CSS exatamente com os mesmos sistemas, ferramentas e abordagens utilizados para a cooperação tradicional. É preciso criar critérios e uma tipologia própria que considerem as características e os princípios peculiares a esta modalidade de cooperação.
O Gerente da Unidade Técnica do PFICSS, Daniel Castillo, lembrou sobre a relevância na medição e avaliação dos resultados e dos impactos dos projetos e, também, de como é necessário o esforço conjunto para fortalecer os projetos e dar mais qualidade a eles. “A troca de experiências entre nós vai garantir esse fortalecimento”, disse. “O objetivo estratégico é melhorar a qualidade de informação e dados e este encontro vai ajudar a buscar, de maneira sustentável, uma rota clara para determinar coletivamente os desafios e problemas a serem vencidos” , concluiu.
Autor: Claudia Caçador