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Resultados II Reunião do Comitê Gestor do Projeto Cotton 4 + Togo
Com a participação do senhor Delphin Kouzandé, Ministro da Agricultura, Pecuária e Pesca do Benim, de Luís Ivaldo Villafañe Gomes Santos, Embaixador do Brasil no Benim, de Antônio Carlos de Salles Menezes, Embaixador do Brasil no Togo, eentre outras autoridades, a cerimônia de abertura contou com cerca de 40 pessoas. Demonstrando a importância do projeto para a região, a abertura do evento foi retransmitida pela emissora pública de rádio e televisão do Benim, a ORTB, que possui a maior cobertura regional.
Durante os quatro dias, observou-se elevado grau de engajamento das instituições parceiras, que resultaram em discussões técnicas de alta qualidade. Entre os temas debatidos, destaca-se: a apresentação dos resultados atingidos na safra 2016-2017 e das atividades desenvolvidas em 2016; exposição do plano anual de trabalho para a campanha 2017-2018; definição de protocolos agrícolas para a safra 2017-2018; entre outros.
Para tal, um total de 35 participantes de seis países (Brasil, Benim, Burquina Faso, Mali, Chade e Togo) participou das discussões ao longo da semana, entre eles representantes da Agência Brasileira de Cooperação (ABC) e da Empresa Brasileira de Agropecuária, Embrapa , entidade brasileira parceira da iniciativa.
Entre os resultados verificados, destaque o cultivo no Mali, por exemplo, de sementes brasileiras que apresentaram, nos testes realizados, forte produtividade, assim como controle efetivo de parasitas. Neste caso, o rendimento médio do algodão em plantio direto sobre cobertura vegetal foi superior a 2 toneladas por hectare.
Em termos estatísticos, nos anos de 2015 e 2016, alcançaram-se: 12 pesquisadores, de todos os países, foram capacitados em coleta, caracterização, multiplicação e conservação de germoplasma; 22 pesquisadores multiplicadores dos países parceiros tornaram-se aptos a ministrarem as capacitações; 26 Unidades Comunitárias de Aprendizagem (UCAs) foram implantadas juntos aos produtores nas diferentes regiões algodoeira dos cinco países; 250 extensionistas foram treinados sobre o uso das técnicas contidas no "Manual de Boas Práticas Agrícolas sobre o setor algodoeiro"; 616 produtores foram capacitados sobre novas técnicas agrícolas para o Setor Algodoeiro; 08 Unidades de Aprendizagem tornaram-se operantes nos cinco países; 17 pesquisadores e técnicos da Embrapa estiveram envolvidos nas atividades do projeto; 26 pesquisadores e técnicos dos cinco países parceiros foram capacitados em manejo integrado de doenças do algodoeiro; além da realização da 1ª Reunião do Comitê Gestor , feita no Brasil. Além disso, 25 profissionais africanos participaram do X Congresso Brasileiro de Algodão em Foz do Iguaçu (2015) e 05 pesquisadores do Cotton4+Togo do Congresso Internacional de Algodão (2016).
Quanto aos temas das capacitações realizadas, estão o manejo integrado de pragas, o plantio direto, melhoramento genético e variedades, manejo de solos (física e fertilidade) e manejo de água, ministrados para os pesquisadores e técnicos das instituições de pesquisa de cada país, extensionistas e produtores líderes.
Um dos destaques apresentados foi, sem dúvida, o 2º lugar no "Prêmio S3 Award de Cooperação Sul-Sul para o Desenvolvimento Sustentável" organizado pelo escritório regional do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) para América Latina e Caribe, que recebeu o Projeto Cotton 4. O prêmio, que é co-organizado pelo escritório de apoio a políticas e programas de cooperação Sul-Sul de Nova York (2016), contou com a candidatura de 32 projetos de 19 países da América Latina.
No que toca à visibilidade, o Programa tem sido referência de avalição de projetos de cooperação Sul-Sul do Brasil e foi apresentado em eventos internacionais sobre o tema de monitoramento e avaliação. Além disso, o tornou-se objeto de pesquisa para mestrados e doutorados e consta de em diversos artigos acadêmicos. Ademais, foram disseminados vídeos sobre o projeto em 3 idiomas e ele tem tido repercussão mediática nos jornais brasileiros. No âmbito da Organização Mundial do Comércio, o Projeto C4+Togo obteve destaque e suscitou novas demandas em projetos pelos países envolvidos.
Em relação ao futuro, foram levantados também alguns pontos para consideração, como: a realização de uma avaliação econômica das inovações produzidas pelo projeto; maior atenção às preocupações manifestadas pelos produtores de cada país, durante as atividades de extensão rural; e a obtenção de contrapartida financeira dos países C4+Togo para garantir a sustentabilidade do projeto no longo prazo.
A terceira reunião do Comitê Gestor, para o contínuo acompanhamento do projeto, está prevista para ser realizada ainda este ano, no mês de novembro, em Bobo-Dioulasso, no Burquina Faso.