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Publicada Resolução da Categoria I do Fundo Ibermuseus para o Patrimônio Museológico
No âmbito do Programa IBERMUSEUS foi publicada a Resolução da Categoria I do Fundo Ibermuseus para o Patrimônio Museológico , edição 2019. Oito solicitações de instituições de quatro países – Argentina, Brasil, Chile e Colômbia – foram aprovadas para receber recursos financeiros para ações preventivas por meio de diagnósticos ou planos de intervenção.
Este ano, pela primeira vez, os recursos do Fundo destinam-se a ações preventivas por meio da Categoria I, que incluem ações para identificar riscos, elaborar planos de gerenciamento de riscos, modelos de gerenciamento preventivo de conservação e ações para lidar com os riscos já identificados.
Os beneficiados são: o Museu Comunal Peyrano (Argentina); o Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (Brasil); os Museus Raymundo Ottoni de Castro Maya e Museu do Açude (Brasil); a Universidade Federal do Ceará (Brasil); o Museu do Diamante (Brasil); o Museu do Índio (Brasil); o Museu Gabriela Mistral de Vicuña (Chile); e o Instituto Caro y Cuervo em convênio com a Universidade dos Andes ( Colômbia).
Um total de US$ 30 mil dólares será alocado para atender às demandas imediatas dos museus. Desses, US$ 18.000 será destinado a ações que buscam influenciar o trabalho de prevenção e proteção do patrimônio guardado nos museus e o restante será destinado para categoria II (situações de emergência), cujo prazo de solicitações está aberto até dezembro de 2019.
O Museu do Açude/Ibram teve o valor aprovado de US$ 2.000 (dois mil dólares) para realizar os estudos de engenharia e projetos de contenção. A unidade museológica foi contemplada para ações preventivas por meio dos planos de intervenção.
Quanto ao Museu do Diamante/Ibram, o valor aprovado foi de US$ 2.500 (dois mil e quinhentos dólares) para contratar consultoria para elaboração das fases 2 e 3 do plano de gestão de riscos do museu. Segundo a diretora do Museu do Diamante, Sandra Martins Farias, a finalização do plano de gestão de riscos ao acervo musealizado é um marco no campo da preservação de bens culturais, visto sua eficácia como metodologia de identificação, análise e combate aos riscos que ameaçam e comprometem a segurança dos bens culturais musealizados.
O programa
Programa IBERMUSEUS busca promover a integração, consolidação, modernização, qualificação e desenvolvimento dos museus ibero-americanos por meio da cooperação técnica internacional. A iniciativa estabelece espaços de diálogo e intercâmbio entre os países da Ibero-América a fim de fomentar as políticas públicas para a área de museus e museologia na região.
Atualmente, o Brasil, por meio da Agência Brasileira de Cooperação (ABC), em parceria com o Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) , coordena o programa e as ações realizadas entre os 12 países participantes - Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, Espanha, México, Paraguai, Peru, Portugal e Uruguai.
O IBERMUSEUS realiza diversas atividades em seis linhas temáticas: ações educativas; ações de assistência e proteção do patrimônio museológico; ações para garantir a sustentabilidade das instituições museológicas; ações de qualificação de profissionais; ações de promoção de espaços de intercâmbio de conhecimento; e criação de redes de promoção de políticas públicas.
A iniciativa compreende os museus como instituições dinâmicas, vivas e de encontro intercultural; como espaços que trabalham com o poder da memória; como instâncias relevantes para o desenvolvimento das funções educativa e formativa; como ferramentas adequadas para estimular o respeito à diversidade cultural e natural e para valorizar os laços de coesão social das comunidades e a sua relação com o meio ambiente.
A Cooperação Ibero-Americana
A cooperação Ibero-Americana se dá no âmbito da Secretaria Geral Ibero-Americana (SEGIB) e é a via através da qual se traduzem em ações concretas os acordos e compromissos políticos assumidos pelos Chefes de Estado Ibero-Americanos na Cúpula Ibero-Americana.
O modelo de cooperação é flexível e horizontal e a participação dos países é voluntária. Além disso, é baseada na solidariedade, e fortalecida por uma comunidade constituída por 22 países que, através de ações conjuntas, contribuem para o desenvolvimento socioeconômico da região.
Os principais instrumentos da Cooperação Ibero-Americana são os programas e iniciativas centrados em três áreas prioritárias: conhecimento, cultura e coesão social.
Fonte: Ibermuseus e Instituto Brasileiro dos Museus