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Publicação sobre o programa Escolas Sustentáveis na América Latina e Caribe é produzido no âmbito da cooperação internacional Brasil-FAO
O projeto “Consolidação dos Programas de Alimentação Escolar na América Latina e Caribe”, executado no âmbito da cooperação Brasil-FAO, lançou a publicação “Estado Situacional das Escolas Sustentáveis 2021”, que apresenta os resultados da iniciativa “Escolas Sustentáveis”, implementada em mais de 23 mil escolas de 15 países da América Latina e Caribe.
O desenvolvimento da metodologia Escolas Sustentáveis, em 2012, integrou ações de projeto de cooperação Sul-Sul sobre alimentação escolar, executado conjuntamente pela Agência Brasileira de Cooperação (ABC), do Ministério das Relações Exteriores (MRE), o Fundo Nacional para o Desenvolvimento da Educação (FNDE), do Ministério da Educação (MEC) e a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO).
Atualmente, essa metodologia está presente em 536 municípios dos países participantes, garantindo importante fonte de renda para 9.356 famílias agricultoras, por meio da venda direta da sua produção de alimentos para 23.385 escolas.
O programa Escolas Sustentáveis é baseado em seis componentes: articulação interinstitucional e intersetorial; participação social e comunitária; infraestrutura adequada para as escolas; educação alimentar e nutricional com implantação de hortas escolares educativas; planejamento de cardápios, de acordo com necessidades nutricionais e culturalmente relevantes; e compras públicas de alimentos da agricultura familiar.
A iniciativa levou em conta a realidade e as especificidades de cada país participante, tendo sido adaptada a cada escola. A implementação nas escolas ocorre como experiência-piloto, com o objetivo de que possa ser incorporada em forma permanente, caso haja interesse por parte do governo de cada país.
Nos últimos 10 anos, o projeto regional de cooperação Brasil-FAO apoiou o processo de negociação e criação de leis sobre alimentação escolar em países como Paraguai, Guatemala, Honduras e Equador, com base na metodologia Escolas Sustentáveis, de modo a consolidar a alimentação escolar como política de Estado. Atualmente, El Salvador trabalha em projeto de lei de alimentação escolar baseado na experiência de Escolas Sustentáveis.