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Projeto sobre produção agroecológica no Senegal vai para a segunda fase
Entre os dias 9 e 19 de julho, uma delegação brasileira esteve em Dacar, no Senegal, para negociar a segunda fase do Projeto “PAIS - Produção Agroecológica Integrada Sustentável”, que busca contribuir para a consolidação de um sistema agroecológico sustentável no país africano. Participaram da missão especialistas da Agência Brasileira de Cooperação (ABC), da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) e da PAIS Consultoria - Consultoria em Agroecologia.
A segunda fase da iniciativa tem o objetivo de reforçar as capacidades técnicas dos agricultores que participaram da fase inicial do projeto, finalizada em 2015, e manterá a estrutura anterior baseada em quatro eixos de atuação: horticultura, piscicultura, avicultura e fruticultura. Adicionalmente, estão previstos treinamentos sobre processos de certificação de produtos orgânicos e sobre gestão da propriedade rural.
Durante 10 dias de missão, os brasileiros participaram de reuniões na Agência Nacional de Inserção e Desenvolvimento Agrícola do Senegal (ANIDA, na sigla em francês), em que foram apresentados diagnósticos sobre o funcionamento das 10 unidades PAIS, implementadas na primeira fase do projeto, e comentaram as adaptações feitas, pelo Senegal, nos desenhos de infraestrutura iniciais feitos no âmbito do projeto. A ANIDA também identificou a necessidade de contratação de novos conselheiros agrícolas, que deverão ser capacitados pela equipe brasileira nesta segunda fase. O Diretor-Geral da ANIDA, Malick Sarr, ressaltou, a importância da cooperação brasileira para o processo de fortalecimento da produção agroecológica no Senegal.
A professora da UFRRJ, Anelise Dias, apresentou um roteiro metodológico para a segunda fase da iniciativa, que abrangeria os critérios agrícolas, sociais e econômicos da produção agroecológica senegalesa. A modalidade de cooperação Sul-Sul desenvolvida pelo Brasil com o Senegal vai além da simples instalação física de fazendas agroecológicas, mas se preocupa também com a capacitação dos agricultores para garantir a sustentabilidade do projeto a longo prazo.
A delegação brasileira visitou ainda as fazendas Mdodiène, Ndianda e Tamassine, contempladas pela fase anterior do projeto. Nessas ocasiões, foi possível atualizar os brasileiros sobre o funcionamento das fazendas, sua força de trabalho, produção, rendimentos e desafios. A expectativa é de que a nova fase atenda também fazendeiros das regiões de Ziguinchor, Kolda e Matam, que têm sofrido com a falta de investimentos públicos.
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Autor: Comunicação/ Agência Brasileira de Cooperação (ABC)