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Projeto-país de Moçambique é assinado no âmbito do Projeto Além do Algodão
O projeto Além do Algodão alcançou mais um marco importante esta semana com a assinatura do projeto-país de Moçambique. A assinatura do documento foi realizada pelo governo brasileiro, representado pela Agência Brasileira de Cooperação (ABC), do Ministério das Relações Exteriores e pela instituição brasileira cooperante da iniciativa, a Universidade Federal de Lavras (UFLA), em parceria com o governo de Moçambique , por meio do Instituto do Algodão e Oleaginosas de Moçambique (IAOM), o Centro de Excelência contra a Fome do WFP e o escritório do WFP em Moçambique , executores do projeto.
A iniciativa tem por objetivo apoiar pequenos produtores de algodão e instituições públicas do país a vincular subprodutos de algodão (óleo de semente, torta etc.) e culturas consorciadas (milho, sorgo, feijão, etc.) a mercados seguros, incluindo programas de alimentação escolar. A meta é incrementar a produção, a renda local e a segurança alimentar e nutricional dos agricultores familiares. Em Moçambique, cerca de 1.500 famílias de agricultores e aproximadamente 31 mil alunos do Programa Nacional de Alimentação Escolar de Moçambique (PRONAE) serão beneficiados.
O projeto abrange as províncias de Tete (distritos de Magoe, Cahora Bassa e Moatize) e Manica (Distrito de Barue e Guro). Os principais beneficiários do projeto são agricultores familiares que serão assistidos por pesquisadores, agricultores líderes e extensionistas do Serviço Distrital de Atividades Econômicas (SDAE), localizados nos distritos participantes. O projeto também tem como público-alvo mulheres e jovens, não somente como beneficiárias, mas também como agentes de mudança na comunidade. A estimativa é de que 40% dos beneficiários, incluindo os agricultores líderes, sejam mulheres.
Algodão em Moçambique
A produção do algodão no país é predominantemente familiar, com cerca de 220 mil famílias produtoras nas zonas rurais, beneficiando aproximadamente 1,2 milhão de pessoas diretamente. A comercialização do algodão em caroço (bruto) é a principal fonte de rendimento familiar.
A cultura do algodão concentra-se, principalmente, nas regiões norte e centro do país, com cerca de 180.000 hectares. O plantio é realizado, geralmente, entre os meses de outubro e dezembro e a colheita ocorre de abril a junho. A importância do algodão em Moçambique vai além do seu peso na balança comercial e na geração de empregos no campo: ao longo de sua cadeia produtiva, ele gera entre 15 e 20 mil postos de trabalho, entre sazonais e permanentes.
Workshop
A ABC organizou, em julho de 2019, o Workshop Participativo de Estruturação do Marco Lógico do Projeto-país. O evento, no âmbito do projeto Além do Algodão, incluiu visitas a escolas e agricultores familiares nas províncias de Tete e Manica, região onde o projeto tem atuação. Participaram do workshop, ocorrido em Maputo, capital moçambicana, dois especialistas em agronomia e nutrição da Universidade Federal de Lavras (UFLA), além de representantes dos parceiros: WFP local, Centro de Excelência contra a Fome do WFP, IAOM e embaixada do Brasil em Maputo.
foto abaixo: Equipes dos parceiros que participaram do workshop em Moçambique em 2019
Fonte: Com informações: WFP foto agricultora:WFP/Matteo Cosorich; foto grupo: WFP/Arquivo