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Projeto de cooperação viabiliza a graduação de quinze mestres angolanos em saúde pública
Publicado em
01/01/2014 00h00
Atualizado em
08/07/2024 16h31
A cerimônia de diplomação contou com presença do Ministro da Saúde de Angola, Senhor José Van-Dúnem, bem como da Vice-Ministra para a Saúde Pública, Senhora Evelise Frestas, do Encarregado de Negócios da Embaixada do Brasil em Luanda, Conselheiro Dijalma Mariano da Silva e da Diretora de Ensino da ENSP, Senhora Maria Helena Mendonça, além de uma audiência de cerca de 130 pessoas.
Conforme mencionado pelo Diretor da ENSP, Professor Antonio Ivo de Carvalho, o curso de Mestrado em Saúde Pública de Angola representa a primeira experiência brasileira no campo da saúde coletiva realizada fora do território nacional. Segundo a coordenadora do projeto, Professora Doutora Elizabeth Artmann, os novos mestres estão aptos para assumir novas responsabilidades, seja em termos de docência em saúde pública, seja na coordenação de novas pesquisas, na divulgação de conhecimentos ou assumir cargos no Ministério da Saúde, na área de gestão ou de assistência.
As teses apresentadas pelos autores ao final do evento, versaram sobre temas diversos acerca do sistema de saúde de Angola, tais como, reforma psiquiátrica, financiamento do Serviço Nacional de Saúde, acidentes de trabalho, violência contra a mulher, satisfação de usuários do Hospital Josina Machel, brucelose, saúde materno-infantil , formação de enfermeiros, óbitos neonatais, malária, transmissão vertical do vírus da AIDS e tuberculose.
Em seguida à diplomação, seguiu-se o I Seminário de Saúde Pública Brasil – Angola, no qual o Professor Doutor Paulo Sabroza apresentou palestra sobre a criação da ENSP e sobre a similaridade do processo brasileiro e angolano. Recordou que a primeira turma de mestres brasileiros em saúde pública contava com apenas 30 alunos, e que se o caráter multiplicador da formação não houvesse sido considerado no Brasil, o país ainda não contaria com uma escola do porte da ENSP. Enfatizou, ademais, que o sucesso de Angola em possuir uma instituição nos moldes da Escola brasileira dependerá de o país tomar para si o esforço de multiplicar a formação adquirida pelos seus primeiros quinze mestres. Destacou o caráter técnico dos temas abordados nas teses apresentadas nessa primeira turma e ressaltou a necessidade de mecanismos e propostas para o combate às iniquidades geradas pelos Determinantes Sociais de Saúde.
A iniciativa responde às demandas do Ministério da Saúde de Angola de fortalecer a capacidade de formação em saúde pública no país nos campos de ensino, ciência e tecnologia, incluindo as áreas de comunicação e informação. Nesse sentido o projeto brasileiro de cooperação além de promover a capacitação de mestres, apoia o Governo de Angola na estruturação de uma rede de bibliotecas em saúde, na reestruturação curricular das escolas técnicas de saúde e no fortalecimento do Instituto Nacional de Saúde Pública de Angola.
Autor: A Crítica - Amazonas
Fonte: Acordos e Atos Internacionais
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