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Projeto +Algodão Equador começa com missão de implementação
O projeto +Algodão, executado no âmbito do Programa de Cooperação Internacional Brasil-FAO , conta com o trabalho em conjunto da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) , a Agência Brasileira de Cooperação (ABC/MRE) e dos sete países parceiros. No caso do Equador, a contraparte nacional representando o Governo é o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAG ).
As ações do projeto serão complementares a dos programas do Ministério da Agricultura. Além disso, será fortalecida a atividade da Mesa de Concertación del Algodón, instância liderada pelo MAG. No Equador, será formado um Comitê Técnico Interinstitucional que dará apoio na gestão técnica do projeto +Algodão Equador e acompanhará as ações desenvolvidas no país.
Além da agenda de trabalho em Quito, a missão irá percorrer a zona de intervenção do projeto nas províncias de Guayas e Manabí.
Espera-se que ao final do projeto as instituições públicas e o setor algodoeiro do Equador tenham ampliado sus capacidades, permitindo mais articulação para apoiar o fortalecimento e a organização geral da cadeia de valor do algodão e dos sistemas de produção integrais da agricultura familiar campesina.
Algodão equatoriano
De acordo com o estudo realizado pelo projeto +Algodão, O estado da arte no setor algodoeiro, o cultivo de algodão no Equador, inicialmente introduzido para a indústria do petróleo, desempenhou um papel importante no setor agrícola, principalmente entre os anos 1970 e 1990. A estrutura da cadeia do algodão está atualmente muito bem definida geograficamente e com atores específicos em cada elo.
O algodão é cultivado nos cantões de Pedro Carbo e Tosagua, Guayas e Manabí. Os produtores possuem terras em áreas montanhosas de clima seco a semi-úmido com relevo acentuado e lhes faltam infra-estrutura. O plantio ocorre entre janeiro e fevereiro e a colheita é concentrada entre os meses de junho e agosto. A atividade algodoeira no Equador é toda manual, desde o plantio até a colheita, fazendo com que a alta demanda por mão-de-obra seja uma limitação para esta cultura. Os principais custos do produtor são com os fertilizantes e a mão-de-obra.
A coordenadora regional do projeto +Algodón, Adriana Gregolin, explica que esta iniciativa de Cooperação Sul-Sul trilateral trabalha com diferentes modelos de produção, dentro do conceito de práticas sustentáveis. No Equador, bem como nos outros seis países onde o projeto é desenvolvido, busca-se o fortalecimento do setor algodoeiro para uma maior renda aos agricultores familiares, o desenvolvimento territorial e a redução da pobreza rural.
"O projeto +Algodão incentiva o estabelecimento de soluções integradas, com foco na cadeia de valor que dinamize o setor algodoeiro, apoie a comercialização inclusiva e eficiente, que leve em consideração aspectos de equidade de gênero e de participação de diferentes públicos e instituições, respeitando as demandas de cada país parceiro ", disse Adriana.
Para o projeto do Equador, por parte do Brasil apoiam tecnicamente a Associação Brasileira de Assistência Técnica e Extensão Rural (ASBRAER) e a Subsecretaria de Economia Solidária (SENAES) do Ministério do Trabalho. Já representando o Equador, colaboram tecnicamente o Instituto Nacional de Pesquisa Agrícola (INIAP) e a Agência de Garantia da Qualidade do Agro (AGROCALIDAD); o Ministério de Indústria e Produtividade (MIPRO), o Instituto Equatoriano de Normalização (INEN), a Associação de Industriais Têxteis do Equador (AITE), organizações de produtores de algodão e empresas nacionais de descaroçamento.
Experiência brasileira
O projeto +Algodão faz parte das ações realizadas no âmbito do Programa de Cooperação Internacional Brasil-FAO e apoia a luta contra a pobreza rural mediante a complementação de capacidades técnicas das instituições públicas e privadas com base na experiência brasileira. O Equador é o quinto país parceiro a começar a implementação do projeto. Os outros projetos já em curso são na Bolívia, Colômbia, Paraguai e Peru.
A construção do projeto considerou a ampla e reconhecida experiência do Brasil no desenvolvimento de tecnologias para a produção de algodão, bem como as experiências de cada um dos países parceiros nesta cadeia e de políticas para o setor rural, adaptadas aos contextos e realidades locais e com foco na melhoria das condições de vida dos agricultores familiares.
A produção de algodão é uma das atividades agrícolas que mais contribui para a geração de emprego e renda, bem como para a segurança alimentar das famílias agricultoras no mundo, apresentando-se como uma alternativa para superar a pobreza rural, com sustentabilidade econômica, social e ambiental.
Fonte: FAO