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Projeto “Cotton Etiópia”: missão técnica define atividades para 2024
Em reunião com o Diretor de Culturas do “Instituto Etíope de Pesquisa Agrícola” (EIAR, na sigla em inglês), Taye Tadesse, na capital etíope, a delegação falou sobre o objetivo da missão e as expectativas para implementar o projeto, em Awash (região central do país).
Segundo Tadesse, o EIAR tem interesse em ampliar o conhecimento técnico do instituto sobre melhorias da variedade de sementes de algodão, em especial as que possam ser utilizadas na colheita mecanizada. Tenciona, igualmente, conhecer as sementes geneticamente modificadas utilizadas no Brasil. O EIAR relatou a necessidade de capacitação em técnicas de manejo mecanizado.
A delegação visitou a região do Awash, para oferecer aos especialistas brasileiros a oportunidade de conhecer técnicas de manejo e plantio do algodão, bem como o ciclo da cultura e as variedades mais comumente utilizadas. Com esse conhecimento, poderão ser organizadas as próximas atividades, em especial o curso de capacitação em manejo da cultura do algodão e a implantação das unidades técnicas demonstrativas (UTDs), cujo objetivo é testar a adaptabilidade e o desempenho das variedades.
Foram, ainda, visitadas plantações de algodão do Centro de Pesquisa de Werer e de um produtor local de algodão. A delegação também visitou uma usina de descaroçamento que atende à região de Awash, onde são descaroçadas diariamente cerca de 13 toneladas.
No Centro de Pesquisa de Werer, o grupo debateu as próximas atividades do plano de trabalho acordado pelo comitê gestor do projeto, em abril de 2023. Um curso de manejo da cultura do algodão está previsto para março de 2024, em Adis Abeba. Já a ida de missão técnica ao Brasil deverá ocorrer entre junho e julho do próximo ano, com a participação de dez pessoas, (agrônomos, pesquisadores, extensionistas e produtores etíopes). Na ocasião, devem ser realizadas visitas a produtores brasileiros locais e uma capacitação técnica.
Além disso, serão instaladas duas UTDs que testarão a adaptabilidade de variedades brasileiras, uma convencional e outra geneticamente modificada. O projeto avaliará duas espécies etíopes. As UTDs vão comparar a produtividade, a qualidade da fibra e a rentabilidade considerando as técnicas de manejo adotadas pelos produtores no Brasil, na Etiópia e pelo Centro de Pesquisa de Werer, local onde se encontra uma das unidades.