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Papéis, desafios e oportunidades para as mulheres artesãs algodoeiras é o tema de webinário regional
O objetivo do encontro foi ressaltar o papel fundamental das mulheres no setor algodoeiro latino-americano, assim como os desafios que enfrentam na busca do pleno exercício de seus direitos sociais, econômicos e culturais.
Desafios
Um das principais dificuldades na implementação de políticas públicas e projetos de desenvolvimento para as mulheres artesãs é a ausência de informação qualitativa ou quantitativa que permita a execução de iniciativas destinadas ao aprimoramento dos meios de subsistência e ao empoderamento econômico.
O painel também tratou da moda sustentável e seu impacto nas técnicas e produtos artesanais. Além disso, foi debatido o papel que as políticas públicas podem desempenhar na promoção da arte em algodão, bem como seus efeitos socioeconômicos e culturais para as mulheres artesãs na região.
O projeto +Algodão desenvolve uma estratégia para a integração da perspectiva de gênero, incluindo, como etapa fundamental, o reconhecimento da realidade e do valor das mulheres e homens que produzem algodão nos países parceiros. A iniciativa prevê, igualmente, atividades para desenvolver as habilidades das mulheres em diferentes funções ao longo da cadeia produtiva do algodão.
Mulheres rurais
O Dia Internacional das Mulheres Rurais, celebrado em 15 de outubro, foi estabelecido em 2007 pela Organização das Nações Unidas (ONU) com o objetivo de reconhecer o papel crucial das mulheres no desenvolvimento, na segurança alimentar e na erradicação da pobreza.
A ONU Mulheres ressalta a desigualdade de oportunidades e acesso entre gêneros, considerando que as mulheres rurais padecem de forma desproporcional de diversos aspectos da pobreza. Apesar de serem tão produtivas e competentes quanto seus colegas masculinos, elas não contam com acesso a crédito, materiais agrícolas, mercados ou cadeias de produtos de alto valor. As mulheres rurais tampouco têm igual acesso à terra, em comparação com os homens. Elas encontram dificuldades, ainda, para usufruir de serviços públicos, tais como educação e cuidados de saúde, abastecimento de água e serviços de saneamento. De acordo com dados da ONU, menos de 15% dos proprietários de terras em todo o mundo são mulheres.