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Panamá acolhe reunião regional para promover alimentação escolar saudável
Especialistas de treze países, responsáveis pelos programas de alimentação escolar em seus governos, participarão da reunião para trocar experiências desenvolvidas com o apoio da Agência Brasileira de Cooperação (ABC) , do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) e da FAO .
Desde 2009, o Brasil e a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) tem desenvolvido um programa para fortalecer os programas de alimentação escolar na América Latina e no Caribe . A iniciativa, coordenada pela ABC e implementada conjuntamente pelo FNDE e pela FAO, chega agora ao fim da sua primeira fase de implementação, com resultados promissores.
De 14 a 16 de maio, o Panamá sediará a Reunião Regional para a Consolidação dos Programas de Alimentação Escolar , onde serão apresentados os resultados destes nove anos do projeto e as experiências nacionais dos programas de alimentação escolar pelos países nos quais as ações foram desenvolvidas. O evento contará também com o intercâmbio de boas práticas e lições aprendidas.
Alem dos responsáveis pelos programas de alimentação escolar dos 13 países onde o projeto está sendo desenvolvido, participarão ainda do encontro especialistas da FAO, do FNDE/MEC, representantes da ABC/MRE, da Embaixada do Brasil no Panamá, do Programa Mundial de Alimentos (PMA), da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e do Sistema de Integração Centro-Americana (SICA), entre outros.
A experiência brasileira desenvolvida no âmbito do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) tem despertado, ao longo das ultimas duas décadas, a atenção da comunidade internacional. Foi neste cenário que surgiu a demanda e possibilidade de desenvolvimento do projeto, que contou com a disponibilidade do FNDE em compartilhar o modelo brasileiro e apoiar, tecnicamente e em conjunto com a FAO, a adaptação necessária para cada país. Atualmente, o projeto está sendo implementado em Belize, Costa Rica, El Salvador, Granada, Guatemala, Guiana, Honduras, Jamaica, Paraguai, Peru, República Dominicana, Santa Lúcia e São Vicente e Granadinas.
Uma nova visão para a alimentação escolar
Ao longo da implementação do projeto, alguns países conseguiram fazer mudanças estruturais em seus programas, alem de discutir e adotar leis específicas sobre alimentação escolar. Este foi o caso da Guatemala, Bolívia, Honduras e Paraguai, que agora se juntam ao Brasil no grupo de países latino-americanos que possuem uma estrutura legal para apoiar a alimentação escolar.
Uma das ações desenvolvidas pelo Projeto é a iniciativa Escolas Sustentáveis , projetada para estabelecer uma referência para a implementação de programas sustentáveis de alimentação escolar, juntamente com governos nacionais e locais. A iniciativa é realizada principalmente por meio de atividades que promovam a participação da comunidade educativa; a adoção de cardápios escolares adequados e saudáveis; a implementação de hortas escolares pedagógicas; bem como a reforma de cozinhas, refeitórios, depósitos e a compra direta de produtos locais de agricultores familiares para alimentação escolar.
Durante a reunião regional no Panamá, os países apresentarão uma visão geral de suas experiências e conquistas. Em El Salvador, por exemplo, o prefeito de Atiquizaya realiza uma iniciativa municipal de escolas sustentáveis, envolvendo 22 escolas do município, beneficiando 7.034 alunos matriculados na rede pública de ensino. Um total de 320 diretores e professores, além de 4.849 pais participam da iniciativa de Atiquizaya.
A Costa Rica também está desenvolvendo uma iniciativa semelhante nas escolas públicas e nos Centros de Educação e Nutrição - Centros de Atenção Integral à Criança Sustentável (CEN-CINAI), através do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAG). As Escolas Sustentáveis estão presentes em 58 centros educacionais e em 10 CEN-CINAI, onde uma série de atores locais e regionais de várias instituições foram envolvidos para fortalecer os programas de alimentação escolar e pré-escolar do país. Até agora, aproximadamente 10.800 crianças, 638 professores e 2.700 pais receberam educação alimentar e nutricional, mudando seus hábitos alimentares e incorporando estilos de vida mais saudáveis.
Em Belize, uma série de ações para fortalecer a política de alimentação escolar ocorreu. Por exemplo, o distrito de Toledo conduziu atividades para estabelecer um Programa Piloto de Alimentação Sustentável utilizando a metodologia das escolas sustentáveis.