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Países do Cotton4+Togo recebem Ateliê de Sustentabilidade
Garantir a sustentabilidade do projeto “Fortalecimento tecnológico e difusão de boas práticas agrícolas para o algodão em países do Cotton-4 e no Togo" após o término da Fase 2 do projeto (2014-2019). Esse foi o objetivo principal dos ateliês de sustentabilidade implantados entre junho e julho, nas capitais dos países que participam da iniciativa: Cotonou (Benim), Ouagadougou (Burkina Faso), N´Djamena (Chade), Bamako (Mali) e Lomé (Togo).
Na abertura do ateliê, realizado em Lomé, no Togo, o Embaixador do Brasil no Togo, Antônio Carlos de Salles Menezes, salientou a importância do evento no caminho certo para a continuidade do projeto de forma que “em um futuro próximo, todas as instituições utilizem de forma permanente os conhecimentos adquiridos e que os produtores de algodão locais permaneçam beneficiando-se do apoio técnico dos pesquisadores do ITRA” , lembrou.
O ateliê de sustentabilidade proporcionou um momento de reflexão entre os participantes sobre a estratégia de saída do projeto e quais ações necessárias para que os países tornem-se autônomos e independentes nas tomadas de decisões para a continuidade das atividades de produção algodoeira importantes aos institutos, após o encerramento do projeto. Nesse sentido, o ateliê serviu para sensibilizar as instituições parceiras do Cotton-4+Togo sobre o conceito de sustentabilidade do projeto de cooperação técnica e, realizou, de forma participativa, a elaboração de um conjunto de ações estratégicas necessárias à sustentabilidade do projeto após o termino da fase 2. Foram identificados, também, em cada país, os atores-chave para implementação dessas ações.
Durante o ateliê, foram realizadas capacitações sobre a transferência progressiva de responsabilidades ligadas ao projeto com as instituições coexecutoras parceiras. Dentre as responsabilidades identificadas, destacam-se: gestão administrativa, gestão de recursos humanos, gestão financeira e gestão de conhecimentos técnicos/pesquisas. Participaram do ateliê os seguintes institutos: Instituto Nacional de Pesquisa Agropecuária do Benin (INRAB), Instituto do Meio Ambiente e Pesquisa Agropecuária (INERA), de Burkina Faso, Instituto de Economia Rural (IER), do Mali, Instituto Chadiano de Pesquisa Agronômica para o Desenvolvimento (ITRAD) e Instituto Togolês de Pesquisa Agrícola (ITRA); além dos beneficiários diretos e indiretos de cada país como pesquisadores, entomologistas, chefes regionais de antenas dos programas de algodão, Ministérios da Agricultura e Pecuária, Associações Algodoeiras, representantes dos produtores de algodão, Ministérios do Planejamento e de Desenvolvimento, Ministérios de Economia/Finanças, Federações Nacionais de Produtores de Algodão, Instituto de Apoio a Pesquisa Técnica e Produção Vegetal, Centros Nacionais de Pesquisas Científicas entre outros.
Segundo o analista de projetos da ABC responsável pelo projeto Cotton4+Togo, Armando José Vieira Filho, as instituições participantes precisam, a partir de janeiro de 2020, atuar de forma autônoma aplicando os ensinamentos recebidos ao longo do período de duração do C-4+Togo para alcançar os objetivos estratégicos de longo prazo de cada programa de algodão dos cincos países. “É essencial que as instituições participantes se preparem para que o projeto não seja encerrado de forma abrupta após a retirada de cena da ABC no tocante à fase 2, e, também, que os países parceiros não deixem de implementar as capacidades adquiridas durante os cinco anos de projeto” , adverte.
Ações Estratégicas
Como resultado do ateliê, os participantes chegaram a um número de ações estratégicas necessárias, identificadas e agrupadas nos seguintes eixos: comunicação sobre os resultados positivos do projeto; transferência de responsabilidades sobre a gestão financeira e administrativa das Unidades de Aprendizagem (UAs) e Unidades Comunitárias de Aprendizagem (UCAs); gestão de conhecimentos técnicos-científicos; estoque e multiplicação de sementes; responsabilidades dos institutos de pesquisa agrícola; atividades de extensionismo; gestão de conflitos entre agricultores (produtores de algodão) e pecuaristas (criadores de animais); manutenção dos equipamentos e infraestrutura adquiridos no âmbito do projeto (veículos, maquinários, materiais de laboratórios, câmaras-fria etc.).
Autor: Claudia Caçador