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Mulheres Algodoeiras São Capacitadas para Participar de Rodadas de Negócios
A pandemia de COVID-19 veio demonstrar o que já sabíamos: que as pequenas e médias empresas latino-americanas são fundamentais no tecido da sociedade pelo seu dinamismo e sua capacidade de geração de empregos”, disse Mónica Martínez Menduiño, Subsecretária de Cooperação, Assistência Técnica e Apoio aos Países de Menor Desenvolvimento Econômico Relativo da Associação Latino-americana de Integração (ALADI), durante a abertura da capacitação para mulheres empresárias do setor algodoeiro, promovida em 10/06, pelo projeto regional +Algodão. A atividade foi uma preparação para a “Roda de Negócios ALADI Latinas Exportam: Ganhar-Ganhar” , realizada de 16 a 18 de junho.
A capacitação reuniu cerca de 50 participantes com o objetivo de socializar metodologias e melhores práticas para a inclusão de mulheres em empreendimentos voltados para mercados diferenciados. Foram ainda compartilhados meios para auxiliá-las a expandir os canais de comercialização de seus produtos e coprodutos de algodão em espaços comerciais, a exemplo das rodas de negócios e economias digitais.
O projeto +Algodão é uma iniciativa conjunta entre a Agência Brasileira de Cooperação (ABC), do Ministério de Relações Exteriores (MRE) , a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) e os governos dos seguintes países: Argentina, Bolívia, Colômbia, Equador, Haiti, Paraguai e Peru.
A analista de projetos da ABC, Mariana Falcão, disse que, por parte da Agência “É sempre muito gratificante, junto com os países e a FAO, promover ações que beneficiam e apoiam o grupo de mulheres rurais que participam do projeto + Algodão a fortalecer suas capacidades”.
Já a coordenadora regional do projeto +Algodão pela FAO, Adriana Gregolin, destacou que “para o projeto + Algodão, promover ações com mulheres rurais no setor é uma prioridade, somando esforços com os países para apoiar o cumprimento dos ODS 5, que trata da conquista da igualdade de gênero e do empoderamento de todas as mulheres”.
O Projeto +Algodão tem desenvolvido uma série de ações como parte da estratégia de transversalização do enfoque de gênero, com mulheres rurais em seus vários papéis. Nesse sentido, tem trabalhado com cooperativas e Micro e Pequenas Empresas para o fortalecimento de suas capacidades de gestão empresarial, assim como capacidades específicas para ampliar sua participação em mercados nacionais, regionais e internacionais.
Inclusão
A coordenadora de acesso a mercados da Secretaria de Agricultura Familiar e Cooperativismo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil (MAPA), Mônica Batista, apresentou a experiência brasileira do Selo Nacional da Agricultura Familiar (SENAF), com o fim de reforçar a identidade social e produtiva dos diferentes segmentos deste setor perante os consumidores e o público em geral. O SENAF conta com diversas categorias, uma delas, a SENAF Mulher, destinada a produtos provenientes de mulheres da agricultura familiar.
Exportação
Camilo Quintero, especialista em cadeias de valor e certificação do projeto + Algodão, apresentou algumas premissas básicas para um empreendimento voltado para a exportação, destacando a demanda, o cenário dos mercados agrícolas nacionais e internacionais e a oferta. O especialista também apresentou alguns exemplos exitosos de programas de apoio à exportação, como o Tex Brasil, um programa de internacionalização da indústria têxtil e da moda brasileira, desenvolvido pela Associação Brasileira de Indústria Têxtil (ABIT), em conjunto com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Inversões (APEX-Brasil).
Passo a passo
Representantes da ALADI apresentaram as etapas e as ferramentas de apoio à exportação, assim como orientações sobre a preparação para participar de feiras e rodadas de negócios. A “Rodada de Negócios ALADI Latinas Exportam: Ganhar-Ganhar”, realizada de 16 a 18 de junho, foi dirigida apenas a empresas que sejam: lideradas por mulheres dos países membros da ALADI, na qualidade de vendedoras/exportadoras e compradoras, especialmente pequenas e médias empresas; de países membros da ALADI não liderados por mulheres, mas convidadas na qualidade de compradoras; e de países da América Central e do Caribe não membros da ALADI, mas convidadas na qualidade de compradoras.