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Moçambique entra na fase pré-colheita do Algodão com assistência técnica do projeto Shire Zambeze
A colheita do algodão está prestes a acontecer em Moçambique e isso significa um cuidado redobrado da equipe de especialistas do Centro Regional de Transferência de Tecnologia do Algodão (CRETTA), que acompanha diretamente os produtores participantes da iniciativa de cooperação técnica “Projeto Regional de Fortalecimento do Setor Algodoeiro nas Bacias do Baixo Shire e Zambeze”.
A equipe realiza missão até o dia 26 de maio, imediatamente antes à colheita, com o objetivo de visitar os campos de produção de sementes, prestar assistência técnica durante esta fase pré-colheita e instalar as placas de identificação do projeto nas áreas de plantio.
Nessas visitas, os especialistas articulam e coordenam com os produtores de sementes o preparo dos campos para o processo de colheita e, também, fazem o provisionamento dos defensivos agrícolas, necessários para o controle de pragas dessa que é a terceira fase do processo de produção do algodão. Os campos foram semeados no final de novembro e início de dezembro de 2019. A fase de desenvolvimento vegetativo, com emissão de botões florais e floração, ocorreu em março e, brevemente, os produtores poderão colher o algodão dos campos.
Os técnicos que viajaram para a região observaram os cuidados relacionados à pandemia covid-19 sugeridos pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
Produção
Os agricultores moçambicanos envolvidos na iniciativa de cooperação técnica têm produzido em torno de 800 a 1300 kg por hectare, com um rendimento máximo histórico atingido de mais de 3 mil kg/ha. Esses números estão acima da média nacional que é de 550 kg/ha.
Na presente campanha 2019-20, o projeto conta com uma área total de 36.5 hectares, distribuídos entre 19 produtores nos distritos de Báruè e Guro, que ficam na província de Manica, e Cahora Bassa, Mágoè e Moatize, regiões da província de Tete.
O projeto é executado tecnicamente pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA) , em parceria com o Instituto do Algodão de Moçambique (IAM) e com o apoio do Instituto Brasileiro do Algodão (IBA) e do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) . Participam da iniciativa produtores familiares das províncias de Manica e Tete.
As demonstrações das práticas brasileiras são realizadas nas Unidades de Transferência de Tecnologias e Demonstração (UTTD), que ficam no CRETTA. O objetivo das UTTDs é demonstrar, na prática, as diferentes técnicas de plantio do algodão, o efeito da densidade de plantas e o controle de pragas usando diferentes métodos, além do ensaio de competição e adaptabilidade de diferentes variedades de algodão. Todos os produtores que participam do projeto receberam treinamento por meio dessa tecnologia.