Notícias
Missão humanitária retornada do Canadá é homenageada no Itamaraty
O evento de boas-vindas da missão foi realizado a convite da Ministra de Estado, substituta, das Relações Exteriores, Embaixadora Maria Laura da Rocha, que ressaltou a importância de reconhecer e agradecer os relevantes serviços prestados ao país. A Ministra sublinhou: “Aqueles que estão aqui conosco, mas não estão baseados no Distrito Federal, em breve regressarão a seus estados de origem, se reunirão com suas famílias e amigos. Descansados e com energias renovadas, estarão todos preparados para retornar à ativa e somar esforços em combates a incêndios florestais no Brasil.”
Já o Embaixador do Canadá no Brasil, Emmanuel Kamarianakis, lembrou que esse está sendo o período mais difícil para o Canadá, em termos de incêndios florestais. “Para nós foi muito importante receber esse apoio do Brasil”, afirmou. “Temos ainda doze países ajudando o Canadá e toda essa mobilização foi um exemplo da ação de pessoas querendo ajudar, além de uma resposta global a um problema que também é global”.
Wesley Felinto, chefe de gabinete, da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil, do Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional (MIDR), atuou como chefe operacional adjunto da missão no Canadá e explicou a dinâmica de atuação dos 104 profissionais, divididos em brigadas para combater diferentes focos de incêndio. Felinto ressaltou a união de todos em torno do objetivo comum de combater o fogo, independentemente da entidade que representavam. “Todos vestiram a mesma camisa”, disse. “Os canadenses nos receberam muito bem e tiveram todo o cuidado para nos apoiar em tudo o que precisávamos, mesmo com a barreira da língua”.
Ana Maria Canuti, do (IBAMA), disse que a experiência foi “incrível”, não só pela troca de informações, mas por ter representado um aprendizado. “Nosso trabalho é bem diferente do trabalho deles, que possuem muitos equipamentos e maquinário”, ressaltou. “A nossa força humana surpreendeu”, completou.
A missão humanitária brasileira, determinada pelo Presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, em atenção a pedido do governo canadense, foi coordenada pela Agência Brasileira de Cooperação (ABC), do Ministério das Relações Exteriores (MRE), e contou com 104 especialistas do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), ambos do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA); da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil do Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional (MIDR); da Força Nacional de Segurança Pública (FNSP), do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP); e das corporações de bombeiros militares dos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins e do Distrito Federal.
Cooperaram com a organização da missão os Ministérios da Defesa, dos Transportes e da Fazenda, além do Conselho Nacional dos Corpos de Bombeiros Militares do Brasil (LIGABOM) e de outras repartições federais e estaduais.
Por determinação legal interna do governo canadense, as despesas do Brasil com o envio da missão humanitária foram reembolsadas por aquele país, que também ofereceu aeronave para o transporte dos especialistas brasileiros e de seus equipamentos.