Notícias
Missão Humanitária brasileira no Haiti ajuda religiosos brasileiros a seguir com o trabalho de assistência à população
“Ajudar a ajudar” . É o que o Coordenador-Geral da Missão Humanitária brasileira no Haiti, Armin Braun, tem dito aos religiosos que trabalham em diferentes congregações no interior do Haiti, por onde a missão tem passado. A atuação no terreno dos seus integrantes, bombeiros brasileiros, que estão no país desde o dia 23/08, está também colaborando para deixar as congregações em condições de continuar contribuindo com a melhoria de vida dos cidadãos haitianos.
“A presença da Missão Humanitária brasileira é um grande apoio para nós, porque está ajudando a comunidade a começar a se reconstruir” , disse a Irmã Deuza Maria dos Santos, da Congregação das Irmãs de Santa Catarina de Alexandria, uma das três congregações religiosas brasileiras que atuam no Departamento Sul do Haiti, o mais atingido pelo terremoto do passado dia 14. “Muito mais do que a ajuda pontual, a presença dos bombeiros brasileiros representa a esperança para este país tão sofrido” , acrescentou.
O Coordenador-Geral da Missão, Armin Braun, falou sobre a ajuda dada às congregações. “Nós, da Missão Humanitária, entendemos que ajudando as congregações que trabalham aqui no atendimento à população estaremos ajudando, consequentemente, uma quantidade muito maior de haitianos” .
Congregações
O Departamento Sul do Haiti é atendido por três congregações religiosas diferentes que foram ao país trabalhar em áreas como saúde, atividades sociais e paroquiais junto às comunidades. A ‘Congregação das Irmãs de Santa Catarina de Alexandria’, da qual a Irmã Deuza faz parte, reune sete irmãs que atendem três comunidades: em Abacou, em Bellab e em Corail, na região de Grand'Anse. Já as outras congregações, as ‘Irmãs do Imaculado Coração de Maria’ e os ‘Freis Capuchinhos’, atuam nas cidades de Torbek e Jeremie.
Durante os últimos dias, a Missão Humanitária brasileira no Haiti atuou, entre outras localidades, nas cidades de Corail e Abacou, vistoriando prédios danificados e avaliando a situação de risco das edificações remanescentes. Os bombeiros também realizaram atendimentos médicos e armaram tendas para os desabrigados se abrigarem. Uma tenda para a garantir a continuidade da celebração da missa também foi armada, já que parte da igreja local caiu.
O Frei Lori, da Congregação de Freis Capuchinhos, que morou por nove anos no Haiti, está de volta ao país há 3 meses. Sua congregação tem trabalhado em projetos de perfuração de poços artesianos, instalação de banheiros e em batismos e assistência de crianças. Segundo o Frei, ver a chegada da Missão Brasileira foi, para ele, uma surpresa muito positiva. “Ficamos positivamente surpresos e muito felizes com a chegada da Marissol Romaris, Encarregada de Negócios da Embaixada do Brasil, dos bombeiros e da defesa civil” , disse entusiasmado.
Missão
A iniciativa de cooperação humanitária que foi enviada ao Haiti em 23/08, constitui esforço do Governo Federal, por intermédio de ação interministerial envolvendo Relações Exteriores (MRE) , Justiça e Segurança Pública (MJSP) , Defesa (MD), Saúde (MS) e Desenvolvimento Regional (MDR), definido no âmbito do Grupo de Trabalho Interministerial sobre Cooperação Humanitária Internacional, coordenado pelo Itamaraty, em decorrência do terremoto que atingiu aquele país no último dia 14. O Brasil enviou, em aeronave da FAB , materiais e equipamentos de emergência para a atuação de 32 bombeiros do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal, e mais da Força Nacional de Segurança Pública e do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais. Também foram enviados suprimentos e medicamentos para a população.
Autor: Cláudia Caçador