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Intercâmbio internacional sobre algodão é realizado em Minas Gerais
No dia 11 de agosto, representantes da Agência Brasileira de Cooperação (ABC) e do Centro de Excelência Contra a Fome do Programa Mundial de Alimentos (PMA) da ONU estiveram em Lavras, Minas Gerais, para uma atividade de intercâmbio com especialistas em cotonicultura de Moçambique, Quênia e Tanzânia. Os africanos encontram-se no Brasil para um curso de 90 dias, promovido pela Universidade Federal de Lavras (UFLA), em que eles irão conhecer todas as etapas de produção do algodão, por meio de aulas teóricas e práticas, além de técnicas gerais na área de produção agrícola.
A ida à Lavras de analistas da ABC e do Centro de Excelência Contra a Fome, para encontrar com os técnicos africanos, insere-se no âmbito do projeto de cooperação técnica trilateral “ Além do Algodão ”, coordenado pela ABC em parceria com o organismo da ONU, com recursos do Instituto Brasileiro do Algodão (IBA) , e que tem como objetivo apoiar produtores de algodão e instituições públicas de quatro países africanos no escoamento dos subprodutos do algodão, como óleo e torta, e dos produtos consorciados, como milho, sorgo e feijão.
O projeto “Além do Algodão” desenvolverá atividades em Benim, Moçambique, Quênia e Tanzânia. Na medida em que representantes destes países se encontravam em Lavras, promoveu-se este intercâmbio de troca de experiências para que os africanos pudessem compartilhar mais informações sobre a realidade da cadeira produtiva do algodão, em seus países.
As atividades da missão a Lavras incluíram o levantamento dos antecedentes da cadeia do algodão em Moçambique, Quênia e Tanzânia, a análise dos pontos fortes, oportunidades e desafios do setor algodoeiro de cada país e a discussão dos cenários potenciais para o escoamento dos subprodutos do algodão e de culturas alimentícias consorciadas.
Além do Algodão
O projeto “Além do Algodão”, assinado em setembro de 2017, atuará de forma complementar a outras iniciativas de cooperação Sul-Sul conduzidas pelo governo brasileiro no setor cotonicultor na África. O objetivo é apoiar produtores e instituições públicas de quatro países africanos no escoamento dos subprodutos do algodão. Boas práticas identificadas no Brasil servirão de inspiração para que Benim, Moçambique, Quênia e Tanzânia desenvolvam suas próprias soluções para o escoamento da produção dos agricultores familiares.
Como não havia representantes do Benim em Lavras, outras ações estão em andamento para a elaboração do diagnóstico do país, como o levantamento de informações sobre as principais instituições do setor e a contratação de um consultor nacional.
Fonte: Centro de Excelência Contra a Fome (WFP)