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Iniciativa de Cooperação Trilateral Humanitária contribui para a segurança alimentar e nutricional na Bolívia e Colômbia
Tecnologias simples e boas práticas garantem alimento em regiões bolivianas e colombianas afetadas pela seca e pelo aumento do fluxo migratório venezuelano
Publicado em
23/08/2019 00h00
Atualizado em
03/04/2023 16h17
Trabalho conjunto da Agência Brasileira de Cooperação (ABC) e da
Organização para a Alimentação e Agricultura (FAO)
, e parceiros, já apresenta resultados significativos para garantir a segurança alimentar em regiões da Colômbia e da Bolívia.
Projetos desenvolvidos em ambos países já beneficiam milhares de famílias afetadas pela seca e pelo fluxo migratório venezuelano. Por meio dessas iniciativas humanitárias, foram compartilhadas boas práticas na produção de alimentos diversificados; capacitação de pequenos agricultores e de comunidades indígenas; e em soluções de tecnologia simples que garantiam sustentabilidade para as famílias envolvidas.
Bolívia
O projeto desenvolvido na Bolívia teve como objetivo a reabilitação dos meios de subsistência de pequenos agricultores afetados pela seca em municípios do departamento de Oruro, garantindo-lhes segurança alimentar com abordagem abrangente de gerenciamento de riscos.
As ações desse projeto permitiram acesso a tecnologias simples e eficazes de colheita, assim como o armazenamento e a distribuição de água da chuva para consumo humano e animal e a produção de alimentos. Ao todo, foram beneficiadas 396 famílias de 40 comunidades diferentes, número 13% superior ao que foi estabelecido no início do projeto. Também houve aumento de 21% das comunidades atingidas em relação à estimativa inicial do projeto.
Em coordenação com o governo local foram desenvolvidas as seguintes ações, entre outras: seleção de comunidades e famílias beneficiadas; construção de 48 cisternas, sendo 46 familiares e 2 comunitárias para o abastecimento de água para consumo humano e irrigação de hortaliças; construção de 14 mini represas para beneficiar diretamente 75 famílias e, indiretamente, 160 famílias e suas produções agropecuárias.
Outro resultado alcançado foi o acesso de 350 famílias a sementes tradicionalmente cultivadas naquela região, além da assistência técnica dada para diversificar o cultivo agrícola, com enfoque na gestão de risco, e na promoção de boas práticas agrícolas.
Assistência Técnica
A assistência técnica com enfoque na gestão de riscos foi definida a partir da identificação das principais ameaças existentes naquele país andino: seca, inundações e geadas. O foco foi a promoção de boas práticas, tendo como referencia experiências brasileiras bem-sucedidas, como o uso de sementes de qualidade, a elaboração do uso de adubos orgânicos na produção agrícola, além do cultivo de hortaliças em estufas para aumentar a ingestão de nutrientes por parte daquelas comunidades bolivianas. Nesse sentido, diversas oficinas foram ministradas para capacitar as famílias beneficiadas.
Outra ação importante foi a divulgação de novas tecnologias de prevenção para contribuir com a segurança alimentar e nutricional e para reduzir a pobreza nos municípios de Oruro afetados. Material informativo foi elaborado para as comunidades indígenas e pequenos agricultores na construção de cisternas, represas e pontes rústicas, no cultivo de determinados alimentos e na produção de hortaliças e em cuidados com a saúde dos animais.
Colômbia
Na Colômbia, o objetivo do projeto consiste em recuperar a capacidade produtiva agrícola e o abastecimento alimentar de famílias anfitriãs da população colombiana que retornam da Venezuela para a região de La Guajira, Colômbia.
As comunidades e famílias participantes foram priorizadas em função dos níveis de impacto, vulnerabilidade e deterioração dos meios de subsistência e de segurança alimentar e nutricional decorrentes da crise migratória da Venezuela e da seca que se prolonga desde 2014.
A intervenção humanitária atendeu diretamente 7 mil pessoas (cerca de mil famílias), em 19 comunidades diferentes. A população beneficiada corresponde a 30% (297) de famílias migrantes, 34% (345) de famílias colombianas retornadas e 36% (361) famílias colombianas receptoras.
O projeto contou com um aporte de cerca de U$ 1,4 milhão, do Fundo Central de Resposta de Emergência das Nações Unidas (CERF) e da Agência Sueca de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento (SIDA).
Os resultados alcançados garantiram infraestrutura de abastecimento de água para consumo humano e para produção agropecuária, assim como a implementação de sistemas produtivos agropecuários comunitários com recuperação de produção de alimentos, tanto de origem animal como vegetal, adaptados à situação de escassez hídrica e enfoque na gestão de riscos climáticos.
Foi igualmente oferecida capacitação técnica das famílias e comunidades na gestão de risco agroclimático e produção agropecuária no contexto de seca extrema, além de mecanismos de organização para gestão comunitária dos riscos relacionados à infraestrutura de abastecimento de água e dos sistemas produtivos implementados. Ao todo, aconteceram 126 jornadas de capacitação em segurança alimentar e nutricional.
Cooperativismo
Um dos pilares do projeto é o reflexo do trabalho em comunidade na geração de alimentos para todos, assim como no compartilhamento de experiências. Os Centros Demonstrativos de Capacitação Comunitária (CDCs), com planos de capacitação elaborados de forma participativa com as 19 comunidades, estabelecidos na fase inicial do projeto, possuem modelos técnicos agrícolas para a reabilitação dos sistemas produtivos.
Também foram construídos 18 armazéns comunitários para produtos agropecuários e ferramentas e reabilitados 18 sistemas de abastecimento de água, que já garantem acesso a água para 995 famílias.
A implementação dos CDCs, a distribuição rápida de insumos, entre sementes, ferramentas, sistemas de irrigação e insumos veterinários, a 100% das famílias e comunidades participantes, assim como a assistência técnica para a implementação de modelos de produção rápida de alimentos e proteção dos meios de subsistência resultou na produção de cerca de 26 toneladas de forragem para alimentação animal e 32 toneladas de hortaliças e frutas.
Projetos desenvolvidos em ambos países já beneficiam milhares de famílias afetadas pela seca e pelo fluxo migratório venezuelano. Por meio dessas iniciativas humanitárias, foram compartilhadas boas práticas na produção de alimentos diversificados; capacitação de pequenos agricultores e de comunidades indígenas; e em soluções de tecnologia simples que garantiam sustentabilidade para as famílias envolvidas.
Bolívia
O projeto desenvolvido na Bolívia teve como objetivo a reabilitação dos meios de subsistência de pequenos agricultores afetados pela seca em municípios do departamento de Oruro, garantindo-lhes segurança alimentar com abordagem abrangente de gerenciamento de riscos.
As ações desse projeto permitiram acesso a tecnologias simples e eficazes de colheita, assim como o armazenamento e a distribuição de água da chuva para consumo humano e animal e a produção de alimentos. Ao todo, foram beneficiadas 396 famílias de 40 comunidades diferentes, número 13% superior ao que foi estabelecido no início do projeto. Também houve aumento de 21% das comunidades atingidas em relação à estimativa inicial do projeto.
Em coordenação com o governo local foram desenvolvidas as seguintes ações, entre outras: seleção de comunidades e famílias beneficiadas; construção de 48 cisternas, sendo 46 familiares e 2 comunitárias para o abastecimento de água para consumo humano e irrigação de hortaliças; construção de 14 mini represas para beneficiar diretamente 75 famílias e, indiretamente, 160 famílias e suas produções agropecuárias.
Outro resultado alcançado foi o acesso de 350 famílias a sementes tradicionalmente cultivadas naquela região, além da assistência técnica dada para diversificar o cultivo agrícola, com enfoque na gestão de risco, e na promoção de boas práticas agrícolas.
Assistência Técnica
A assistência técnica com enfoque na gestão de riscos foi definida a partir da identificação das principais ameaças existentes naquele país andino: seca, inundações e geadas. O foco foi a promoção de boas práticas, tendo como referencia experiências brasileiras bem-sucedidas, como o uso de sementes de qualidade, a elaboração do uso de adubos orgânicos na produção agrícola, além do cultivo de hortaliças em estufas para aumentar a ingestão de nutrientes por parte daquelas comunidades bolivianas. Nesse sentido, diversas oficinas foram ministradas para capacitar as famílias beneficiadas.
Outra ação importante foi a divulgação de novas tecnologias de prevenção para contribuir com a segurança alimentar e nutricional e para reduzir a pobreza nos municípios de Oruro afetados. Material informativo foi elaborado para as comunidades indígenas e pequenos agricultores na construção de cisternas, represas e pontes rústicas, no cultivo de determinados alimentos e na produção de hortaliças e em cuidados com a saúde dos animais.
Colômbia
Na Colômbia, o objetivo do projeto consiste em recuperar a capacidade produtiva agrícola e o abastecimento alimentar de famílias anfitriãs da população colombiana que retornam da Venezuela para a região de La Guajira, Colômbia.
As comunidades e famílias participantes foram priorizadas em função dos níveis de impacto, vulnerabilidade e deterioração dos meios de subsistência e de segurança alimentar e nutricional decorrentes da crise migratória da Venezuela e da seca que se prolonga desde 2014.
A intervenção humanitária atendeu diretamente 7 mil pessoas (cerca de mil famílias), em 19 comunidades diferentes. A população beneficiada corresponde a 30% (297) de famílias migrantes, 34% (345) de famílias colombianas retornadas e 36% (361) famílias colombianas receptoras.
O projeto contou com um aporte de cerca de U$ 1,4 milhão, do Fundo Central de Resposta de Emergência das Nações Unidas (CERF) e da Agência Sueca de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento (SIDA).
Os resultados alcançados garantiram infraestrutura de abastecimento de água para consumo humano e para produção agropecuária, assim como a implementação de sistemas produtivos agropecuários comunitários com recuperação de produção de alimentos, tanto de origem animal como vegetal, adaptados à situação de escassez hídrica e enfoque na gestão de riscos climáticos.
Foi igualmente oferecida capacitação técnica das famílias e comunidades na gestão de risco agroclimático e produção agropecuária no contexto de seca extrema, além de mecanismos de organização para gestão comunitária dos riscos relacionados à infraestrutura de abastecimento de água e dos sistemas produtivos implementados. Ao todo, aconteceram 126 jornadas de capacitação em segurança alimentar e nutricional.
Cooperativismo
Um dos pilares do projeto é o reflexo do trabalho em comunidade na geração de alimentos para todos, assim como no compartilhamento de experiências. Os Centros Demonstrativos de Capacitação Comunitária (CDCs), com planos de capacitação elaborados de forma participativa com as 19 comunidades, estabelecidos na fase inicial do projeto, possuem modelos técnicos agrícolas para a reabilitação dos sistemas produtivos.
Também foram construídos 18 armazéns comunitários para produtos agropecuários e ferramentas e reabilitados 18 sistemas de abastecimento de água, que já garantem acesso a água para 995 famílias.
A implementação dos CDCs, a distribuição rápida de insumos, entre sementes, ferramentas, sistemas de irrigação e insumos veterinários, a 100% das famílias e comunidades participantes, assim como a assistência técnica para a implementação de modelos de produção rápida de alimentos e proteção dos meios de subsistência resultou na produção de cerca de 26 toneladas de forragem para alimentação animal e 32 toneladas de hortaliças e frutas.
Autor: Claudia Caçador