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IBA destaca parceria com ABC em seus 10 anos de existência
Mais de 300 projetos em todo o País desenvolvidos por diversas associadas com apoio do Instituto Brasileiro do Algodão (IBA). Projetos em sustentabilidade, controle de pragas, capacitação e treinamento, qualidade da fibra, além das diversas iniciativas de cooperação internacional coordenadas pela Agência Brasileira de Cooperação (ABC), do Ministério das Relações Exteriores (MRE), em países da América Latina e da África.
A atuação do IBA e os resultados que garantem o fomento do setor são comemorados nesses 10 anos de existência do Instituto. Criado em junho de 2010, o IBA trabalha em parceria com a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), as associações estaduais de produtores de algodão e a ABC.
O IBA foi criado com o objetivo de gerir os recursos decorrentes do contencioso do algodão na Organização Mundial do Comércio (OMC) a partir de um acordo entre Brasil e Estados Unidos. Seu principal objetivo é contribuir para que a cotonicultura brasileira se desenvolva por meio de boas práticas de gestão, governança e transparência.
Ao longo da última década, o setor algodoeiro se tornou mais competitivo, capaz de enfrentar momentos de crise sem grandes impactos e, por outro lado, tendo um grande potencial de crescimento quando o mercado está favorável. Mesmo diante da conjuntura atípica, por conta da pandemia, o País permanece entre os quatro maiores produtores mundiais da fibra e segundo maior exportador de algodão.
Cooperação Internacional
Segundo o presidente do Instituto, Haroldo Cunha, a entidade firmou, ao longo dos anos, sua expertise como gestora do conhecimento e de projetos: “Juntos, no decorrer dos anos, avançamos muito na gestão de projetos, incluindo, por exemplo, a criação da metodologia de mensuração de resultados, com a participação de stakeholders. Criamos indicadores-chave de desempenho para os projetos nos eixos de controle de pragas, qualidade da fibra, sustentabilidade e capacitação e treinamento. Desta forma, conseguimos colocar efetivamente em prática nossa missão de gerir informações dos projetos da cotonicultura”.
Cunha lembra a importância das parcerias para o alcance dos resultados, em especial com as associadas, Abrapa e com o Ministério das Relações Exteriores, por meio da ABC, em ações de cooperação internacional. “Podemos enxergar, ao longo dessa década, a importância dos recursos do IBA para as ações desenvolvidas pela cotonicultura brasileira, mas ressalto que não fazemos nada sozinhos. É um trabalho em conjunto com nossos parceiros”, destaca.“O setor construiu uma entidade muito bem organizada, com profissionalismo e regras bem definidas, para fazer bom uso dos recursos disponibilizados”.
Referência em Qualidade
Para o presidente do Instituto, o algodão brasileiro não só cresceu em produção, por aumento de área plantada, mas também em produtividade e qualidade da fibra produzida, evidenciando o desenvolvimento do setor nos diversos aspectos. Ele enfatiza o trabalho que vem sendo conduzido pelas instituições do setor com destaque para o profissionalismo e o empreendedorismo dos produtores de algodão. “Os projetos que apoiamos foram fundamentais para o crescimento sustentável da cotonicultura”, salienta.
Os projetos relacionados à qualidade da fibra, por exemplo, como a criação do laboratório SBRHVI, de relevância nacional, colocou o Brasil em outro patamar. “Hoje, a qualidade do algodão brasileiro é reconhecida e as análises dos laboratórios têm alta credibilidade, o que está contribuindo para melhorar consideravelmente a competitividade da fibra nacional”, avalia.
Os projetos ligados aos programas Algodão Brasileiro Responsável (ABR) e Better Cotton Initiative (BCI) levaram o Brasil à condição de maior fornecedor de algodão BCI do mundo, além de ser referência mundial na produção sustentável da fibra.
Atualmente a ABC coordena, com rercurdos advindos do IBA, projetos de cooperação técnica internacional no âmbito bilateral, nos seguintes países africanos: Benim, Burquina Faso, Burundi, Cameroun, Chade, Côte dIvoire, Etiópia, Mali, Malawi, Moçambique, Quênia, Senegal, Tanzânia, Togo e Zimbábue. Na esfera trilateral, a) com os países latino-americanos (Peru, Paraguai, Argentina, Colômbia, Equador, Bolívia e Haiti), em parceria com a FAO; na África (Moçambique, Mali e Tanzânia) e América Latina (Paraguai e Peru), em parceria com a OIT; c) com quatro países da África (Benin, Moçambique, Quênia e Tanzânia), em parceria com o Programa Mundial de Alimentos (PMA); e d) com Colômbia e Paraguai, em parceria com o PNUD.
Fonte: Com informações do IBA