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Hélder Muteia Destaca Importância do Brasil no Combate à Fome no Mundo
A cooperação técnica entre Brasil e países em desenvolvimento do eixo Sul-Sul, no combate à fome, foi o tema do Painel: "O Brasil e a cooperação internacional para o desenvolvimento”, durante Seminário Política Externa Brasileira: Desafios em um mundo em transição. O painel, realizado pela Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional (CREDN), aconteceu nesta última quarta-feira, 19, na Câmara dos Deputados e contou com a participação do representante da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), Hélder Muteia.
Também participaram do evento, o diretor da Agência Brasileira de Cooperação (ABC) do MME, embaixador Fernando Marroni de Abreu, do representante do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), João Brígido, e do professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Paulo Visentini.
Para Muteia, o Brasil tem grande responsabilidade no combate à fome no mundo. Ele defendeu a transferência de tecnologia da EMBRAPA e da EMATER para outros países e destacou a importância de o Brasil apoiar a agricultura familiar. "70% dos alimentos que chegam à mesa do brasileiro vem da agricultura familiar”, destacou. Segundo Muteia, a política pública brasileira para o setor é modelo mundial.
Quase um bilhão de famintos
Enquanto o embaixador Fernando Marroni fez menção ao trabalho do governo brasileiro junto aos 95 países que são beneficiários da cooperação técnica do Brasil, dizendo que "estamos inaugurando uma nova fase de progresso na cooperação Sul-Sul, ou seja com os países em desenvolvimento, Muteia, ressaltou o papel e a responsabilidade do Brasil na agricultura e alimentação no que diz respeito ao futuro da Humanidade. "A FAO trabalho sobre o tripé: eliminação da fome e má nutrição, eliminação da pobreza e uma abordagem sustentável”, explicou.
O representante da FAO explicou ainda que o quadro da fome no mundo revela uma situação que não dignifica a condição humana. "Hoje, temos 925 milhões de pessoas passando fome no mundo”, afirmou, destacando que a participação do Brasil na solução dos problemas advindos da fome endêmica passam por programas exitosos como o Fome Zero e o Brasil sem Miséria, "exemplos para o mundo”. Ele assinalou que a chave do sucesso das iniciativas brasileiras tem passado pela cooperação Sul-Sul, "onde se tem priorizado a cooperação entre iguais”.
Ascensão da China e Mercosul
O Seminário Política Externa Brasileira: Desafios em um mundo em transição, aconteceu nos dias 18 e 19 e teve três painéis de debates: "A política externa brasileira no atual contexto geopolítico internacional”, com o desafio marcante para o Mercosul da presença cada vez maior de produtos da China, "O Mercosul e a Unasul: desafios para o aperfeiçoamento da integração sul-americana”, e "O contexto geopolítico internacional e os desafios à política externa brasileira”.
Em seu último dia, 19, outros três painéis completaram o ciclo de debates. Pela manhã, foram realizados três painéis: "Crise e reforma do Sistema Financeiro Internacional” e "Brasil e a geopolítica da energia”. Pela tarde, encerrando o evento, aconteceu o painel: "Ascensão da China: desafios para o Brasil”.
Acordos de cooperação
O diretor da ABC, embaixador Fernando José Marroni de Abreu, informou,que o Brasil vai investir US$ 40 milhões (cerca de R$ 80 milhões) em projetos de cooperação internacional para o desenvolvimento na América do Sul, América Central e Caribe nos próximos três anos.
De acordo com ele ele, a maior demanda está nas áreas de agricultura, educação e programas de inclusão social. O embaixador disse ainda que o Brasil vai investir US$ 36 milhões (cerca de R$ 72 milhões) na África, em projetos nas áreas de agricultura, saúde e formação profissional, também nos próximos três anos.
Autor: ABC
Fonte: Cooperação Técnica Internacional