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Escolas sustentáveis: primeiros passos da metodologia implementados no Uruguai
A iniciativa é realizada por meio da implementação de atividades que promovam a participação da comunidade educativa; a adoção de cardápios escolares adequados e saudáveis; a implementação de hortas escolares pedagógicas; bem como a reforma de cozinhas, refeitórios, depósitos e a compra direta de produtos locais de agricultores familiares para alimentação escolar.
Atualmente, mais de 30 mil estabelecimentos educativos em 18 países da América Latina e do Caribe adotam a metodologia. Recentemente, foi a vez do Uruguai se unir a esse movimento internacional.
Diagnóstico
O início do trabalho no Uruguai surgiu em 2023, após a participação de representantes desse país em missões técnicas realizadas pela Rede de Alimentação Escolar Sustentável (RAES), apoiada pela cooperação internacional Brasil-FAO em alimentação escolar.
Desde o início de 2024, a Escola de Nutrição da Universidade da República está trabalhando em um diagnóstico institucional do Programa de Alimentação Escolar (PAE), documentando a realidade da alimentação escolar para a implementação da metodologia das escolas sustentáveis no país.
O diagnóstico considera a realidade nacional em relação à pobreza, insegurança alimentar, políticas públicas e articulação com o Estado. Aborda, igualmente, os marcos normativos relacionados à alimentação escolar, como leis e decretos, bem como informações provenientes de diferentes fontes. Após uma análise detalhada, será elaborado um projeto piloto que abrirá caminho para a implementação das primeiras escolas sustentáveis no país.
“Queremos conscientizar as escolas, as famílias e a comunidade local sobre a metodologia escolas sustentáveis, enfocando a alimentação com uma visão humanista e de direitos, para que não seja apenas um serviço assistencial", afirma Rosa Lezue, diretora do Programa de Alimentação Escolar (PAE) da Direção Geral de Educação Inicial e Primária (DGEIP) do Uruguai.
Cooperação
A cooperação internacional Brasil-FAO em alimentação escolar, desde 2009, é coordenada pela Agência Brasileira de Cooperação (ABC), em parceria com o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) e a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), juntamente com os países da América Latina e do Caribe.
A cooperação brasileira oferece assistência técnica, intercâmbio de experiências, disseminação de conhecimentos, organização de eventos e apoio técnico aos países com vistas à implementação e ao fortalecimento de seus programas de alimentação escolar.